No próprio mundo do trabalho, principalmente nas atividades ligadas à subsistência, os indígenas recorriam às antigas orações, a um saber assentado em presságios e na decifração dos fenômenos naturais. Assim faziam quando pescavam ou caçavam, quando iam coletar os frutos da mata, o mel, a lenha. [...] Ao trabalhar para o colonizador nas minas ou haciendas evitavam tudo isso, recusando a tradição, vergando-se, inclusive no plano simbólico, à lógica do vencedor. Ao trabalhar para si mesmos, reatavam os nexos com os antigos usos.
VAINFAS, R. Idolatrias e milenarismos: a resistência indígena nas Américas. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, CPDOC, v. 5, n. 9, 1992 (adaptado).
No contexto das relações entre colonizadores e colonizados na América espanhola, a primeira postura descrita no texto, na perspectiva dos colonizados, constitui uma forma de
a) submissão passiva.
b) laicismo militante.
c) resistência cultural.
d) insurgência radical.
e) tolerância religiosa.