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Com base na leitura do texto O “Mito da Caverna”, faça um resumo mostrando a imagem que que Platão faz do povo em geral e discuta essa concepção aplicada a atualidade!​

Sagot :

Quando pensou em demonstrar a cegueira dos homens diante de um mundo de aparências, o filósofo grego Platão contou uma história. Ou melhor, fez com Sócrates - o personagem central da obra "A República" - contasse uma história a seu companheiro Glauco.

Os homens estão presos por argolas no fundo de uma caverna escura. Sempre viveram ali, sem poder ao menos virar o pescoço. Por trás deles, um fogo arde, a certa distância, irradiando uma luz que se projeta no interior da caverna. Nas paredes, formas humanas, formas que se movem.

Os homens que estão no interior da caverna pensam que o vêem é a realidade. Mas não é, eles vêem apenas suas próprias sombras. Pensam assim porque não conhecem outro mundo.

Com essa alegoria, Platão compara a caverna ao mundo sensível onde vivemos, que é o mundo das aparências. Reflexos da luz verdadeira (as idéias) projetam as sombras (coisas sensíveis que tomamos por verdadeiras). Estamos agrilhoados. No entanto, é possível quebrar esses grilhões, e quem é capaz de fazer isso é o filósofo.

O filósofo é capaz de escalar o muro para a contemplação da luz plena. Essa luz é o Ser, o Bem; é essa a luz que ilumina o mundo inteligível (que se pode conhecer).

"Pois, segundo entendo, no limite do cognoscível é que se avista, a custo, a idéia do Bem; e, uma vez avistada, compreende-se que ela é para todos a causa de quanto há de justo e belo; que , no mundo visível, foi ela que criou a luz, da qual é senhor; e que, no mundo inteligível, é ela a senhora da verdade e da inteligência, e que é preciso vê-la para se ser sensato na vida particular e pública." ("A República". 3ª ed. Fundação Calouste Gulbenkian, trad. Maria Helena da Rocha Pereira)