2) O relato a seguir foi recolhido por volta do ano de 1960 e diz respeito à tradição oral, uma das
importantes para se escrever a história de inúmeras sociedades do continente africano. Leia com atenção e depois
responda o que se pede.

de falar. Desde tempos imemoriais estão os kuyates a serviço dos principes Keita do Mandinga: somos os sacos de
Sou griot. Meu nome é Djeli Mamadu Kuyatê, filho de Bintu Kuyatê e de Djeli Kedian Kuyatê, Mestre na arte
palavras, somos o repositório que conserva segredos multisseculares. In earte da Palavra não apresenta qualquer
segredo para nós, sem nós, os nomes dos reis cairiam no esquecimento; nós somos a memória dos homens; através
da palavra, damos vida aos fatos e façanhas dos reis perante as novas gerações.
Recebi minha ciência de meu pai Djeli Kedian, que a recebeu igualmente de seu pai, a história não tem
mistério algum para nós, ensinamos ao vulgo tudo que aceitamos transmitir-lhe [...]
Ensinei a reis a história de seus ancestrais, a fim de que a vida dos antigos lhes servisse de exemplo, pois o
NIANE, Djibril Tamsir. Sundiata: ou, A epopéia mandinga: romance. Editora Ática, 1982.
mundo é velho, mas o futuro deriva do passado

a) Qual é a atividade exercida pela pessoa que fez esse relato? Qual é o nome dessa pessoa?


b) De acordo com o relato, qual é a função dos griôs na sociedade africana?


c) Como é transmitido o conhecimento dos griôs?

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