3. O filósofo francês René Descartes (1596-1650) diz ter-se dado conta, a uma certa altura da vida, de que recebera desde cedo muitas falsas opiniões como se fossem verdadeiras. Por essa razão, teria ele adquirido uma série de crenças mal fundamentadas e, por isso, duvidosas. Era necessário, portanto, que ele se desfizesse de todas as opiniões que dera crédito até então, e examinasse tudo desde o fundamento. Essa atitude cartesiana, de exigência de clareza e de liberdade crítica, é própria da filosofia, pois ela expressa: * 2 pontos a) que a filosofia é um tipo de pensamento obscuro, que não demonstra como se baseiam suas afirmações. b) a aceitação dos ensinamentos transmitidos pelo senso comum e pela tradição. c) a ideia de que julgar as opiniões e as crenças compartilhadas pela sociedade é algo desrespeitoso e que, por isso, deve ser evitado. d) que o julgamento das opiniões é indispensável para se atingir um conhecimento mais resistente, mais justificado e mais verdadeiro. e) que os filósofos são amantes das superstições e das crendices populares.