Humanização pelo Trabalho
Para Marx, o trabalho é a forma como o ser humano constrói sua identidade ao superar
obstáculos comuns do dia a dia, através de sua imaginação e capacidade de produção. O
desenvolvimento da cultura fundamentou-se na produção, ou seja, no trabalho. Deste modo, o
ser humano diferenciou-se dos outros seres da natureza pela construção de artefatos que
visavam melhorar a vida de todos. A função do trabalho é compreendida como a capacidade
produzir coisas para suprir suas necessidades. No caso do trabalho como forma de
humanização, o resultado obtido é o bem-estar geral.
Ao longo da história, a humanidade se desenvolveu a partir de uma relação entre
dominadores e dominados (luta de classes), a produção passou a ter o objetivo de suprir as
necessidades da classe dominante. A classe trabalhadora, também chamada de proletariado,
perde o seu lugar de destaque e deixa de ser o objetivo final de sua própria produção. Isso se
dá a partir do momento em que há uma transição no modo de produção. Anteriormente, na
manufatura e no artesanato, um trabalhador era dono dos meios de produção e participava de
todo o processo, desde a aquisição da matéria-prima até a venda do produto final. Deste
modo, tinha total consciência sobre valor agregado por seu trabalho, que corresponde ao
valor do produto final subtraindo o valor dos custos de produção.
A partir da revolução industrial, o trabalhador é alienado dos meios de produção, que passam
a ser propriedade de um pequeno grupo (a burguesia), essa burguesia é, também, dona do
produto final. Resta ao trabalhador, apenas, a posse de si mesmo, entendida como força de
trabalho. Esse pensamento, é responsável pela desumanização do trabalhador e a origem do
trabalho alienado.
Responda:
O que leva ao trabalhador submeter-se (aceitar) a essas condições?