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Sagot :
Os ataques xenofóbicos na Europa intensificaram-se após a grande leva de refugiados da Síria e de países africanos que se direcionaram para cidades europeias em busca de condições dignas de vida. A xenofobia parecia ter sido superada após a queda do nazismo em 1945, na Europa, porém, o que temos visto é um retorno de discursos populistas, nacionalistas e supostamente patrióticos que propagam uma ideologia xenófoba.
A xenofobia é um problema sobretudo nas grandes cidades europeias, onde o fluxo de imigrantes é maior. Por conta da relativamente curta distância geográfica, muitos imigrantes e refugiados do Oriente Médio e da África procuram reestabelecer suas vidas em cidades francesas, alemãs e italianas. Os centros urbanos, que já enfrentam os problemas da falta de infraestrutura para suportar a explosão demográfica, abrigam pessoas que, muitas vezes, defendem ideais extremistas, como a crença de que a presença dos estrangeiros tira do nativo as oportunidades de emprego.
De um lado, as cidades europeias recebem cidadãos refugiados e desesperados. De outro, representantes de uma direita extremista e demasiadamente conservadora querem fechar todas as fronteiras para qualquer imigrante de regiões que eles considerem não pertencer ao círculo europeu. Viktor Orbán, primeiro ministro da Hungria, por exemplo, é um desses líderes políticos de extrema direita que assumem suas posições xenófobas sem medo.
Mais ou menos em sua linha, segue o polêmico Boris Johnson, primeiro ministro da Inglaterra que não mede esforços para fazer com que o Brexit (palavra criada para designar a saída do Reino Unido da União Europeia) seja cumprido. Uma das motivações menos evidentes do Brexit seria a xenofobia e a dificuldade de aceitar que cidadãos que entrem em qualquer país da União Europeia, e consigam o visto, possam encaminhar-se para a Inglaterra. A livre circulação de pessoas faz parte do acordo de formação da União Europeia desde a sua criação, em 1993.
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