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VIDA PASSAGEIRA

Na década de 70, com meus 14 anos, era uma moça corajosa, decidida e inteligente. A vida era tranquila, as horas pareciam não passar. Apesar dos poucos recursos financeiros, curti muito minha pouca idade com amigos e amigas da época. Pais rigorosos tentavam colocar a gente na linha, onde muitas vezes não aceitavam o modo da gente ser e nos castigavam por isso. Vivi momentos inesquecíveis que levarei em minha memória para sempre.
A escola era humilde, mas de respeito. Lá, os melhores mestres da época ajudavam os alunos com muita dedicação, ensinavam com autoridade, quem não obedecesse sofria castigos, lembranças que jamais serão esquecidas.
Na casa de farinha, brincávamos de pega-pega, esconde-esconde, cai no poço, pula-carniça, entre outras brincadeiras. Nós inventávamos de tudo para ocuparmos nosso tempo livre com diversão.
As paqueras também faziam parte dos momentos de infância, a gente não podia evitar as explosões amorosas. Em meu coração ainda existe a cicatriz de um primeiro amor nunca correspondido. Não lembro mais seu nome, mas era um rapaz gentil e generoso. Estudava na mesma classe que ele, contudo o garoto não era do mesmo lugar que morava, mas confesso que me interessei por ele, ele era lindo. Depois fiquei sabendo que ele gostava de outra pessoa e isso o deixava intocável por mim. Fiquei ciente que iria embora. Sequer ele saberia de um amor puro e forte, não saberia deste sentimento tão intenso que sentia por ele. Na verdade, ele nunca soube. Nem eu, naquela idade, entendia os anseios amorosos.
Mesmo em meio a tantas dificuldades que passávamos, como a falta de água, falta de comida, seca, nada impedia nossa felicidade. O brilho nos olhos e o sorriso no rosto demonstravam o orgulho de ter uma comunidade tão singular.
Sinto falta das brincadeiras, das amizades, das emoções, das paqueras e da ingenuidade das crianças. Sou feita de um passado cheio de cicatrizes boas e ruins, mas foi este tempo passado que edificou meu caráter e desenhou a minha personalidade.

Em relação às características do texto, o Gênero é do tipo

a.
fábula

b.
crônica

c.
conto

d.
memória


Sagot :

Resposta:

d

Explicação:

confia,É a d pq ela está contando quando ela ainda tinha 14 anos na década de 70

Resposta: a) Gênero de memoria

O texto conta uma história, ou seja, tem um enredo, narrador, personagens, espaço e tempo.

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