Se questionava milhares de vezes o porquê daquilo logo com ela, logo com seu pobre coração. Acordava e dormia com a sensação de vazio ao pensar na partida do amor mais sincero e verdadeiro que já tivera até ali.
Recuperava-se para poder lhe passar algum tipo de confiança que a tal situação passaria logo, que seria reestabelecida em breve mas, no fundo, suas esperanças pareciam se esgotar. Mesmo assim, jamais soltara a mão de seu amor.
Os dias passavam, as horas se tornavam incontáveis e os cacos de seu coração pareciam se recuperar pouco a pouco, tal qual o quadro da pessoa na qual despertara milhares de sentimentos em seu coração.
Uma noite, após uma curva intensa de melhora, o sorriso voltara ao rosto de ambos, a esperança se reestabelecia e Marina se sentia segura em poder voltar para casa ao lado de seu grande amor. Fizeram juras, criaram planos, decidiram nomes aos seus futuros filhos. A vida parecia não ser mais cinza, as cores pareciam voltar.
Em questão de minutos, segurando a mão de Marina, jurando amor até seu último suspiro, ele(a) partiu. No calor de seu abraço, seu grande amor se foi.
