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Leia o texto a seguir e faça o que se pede:
Da arte brasileira de ler o que não está escrito
Cláudio de Moura e Castro
(Veja, 08/10/1997)
NI
VA
Ninguém é obrigado a aceitar essa afirmativa. Mas a
lógica impõe quais são as possibilidades
de discordar. Para destruir os argumentos, ou se mostra
que é viável gastar 40% do PIB com
saúde ou é necessário demonstrar que as contas que fiz
com André Medici estão erradas.
Números equivocados, erros de conta, hipóteses
falsas, há muitas fontes possíveis de erro.
Mas a lógica do ensaio faz com que só se possa rebatê-lo
nos seus próprios termos, isto é, nas
contas.
Curiosamente, grande parte das cartas recebidas
passou por cima desse imperativo lógico. Fui
xingado de malvado e desalmado por uns. Outros
fuzilaram o que inferem ser minha ideologia. Os que
gostaram crucificaram as autoridades por negar aos
necessitados acesso à saúde (igualmente equivocados,
pois o ensaio critica as regras e não as inevitáveis
consequências de sua aplicação).
Meus comentaristas escrevem corretamente, não pecam
contra a ortografia, as crases comparecem assiduamente
e a sintaxe não é imolada. Contudo, alguns não sabem ler.
Sua imaginação criativa não se detém sobre a aborrecida
lógica do texto. É a vitória da semiótica sobre a semântica.


1- Realize uma leitura global do texto, identifique as
informações apontadas abaixo e organizeas, usando
apenas expressões ou tópicos.
O assunto
. A questão central
• A organização textual
o ponto de vista do autor do texto em relação ao assunto
tratado
• As informações essenciais para caracterizar a questão
central do texto de CMC.
Terminando os poucos anos de escola oferecidos em
seu vilarejo nas montanhas do Líbano, o jovem Wadi
Haddad foi mandado para Beirute para continuar sua
educação. Ao ve-lo ausente de casa por um par de anos, a
vizinha aproximou-se cautelosa de sua mãe, jurou sua
amizade à família e perguntou se havia algum problema
com o rapaz. Se todos os seus coleguinhas aprenderam a
ler, por que ele continuava na escola? Anos depois, Wadi
organizou a famosa Conferência de Jontiem, "Educação
para Todos", mas isso é outro assunto. Para a vizinha
libanesa, há os que sabem ler e há os que não sabem.
Não lhe ocorre que há níveis diferentes de compreensão.
Mas infelizmente temos todos o vicio de subestimar as
dificuldades na arte
de ler, ou, melhor dito, na arte de entender o que foi lido.
Saiu da escola, sabe ler.
O ensaio de hoje é sobre cartas que recebi dos leitores
de VEJA, algumas generosas, outras iradas. Não tento
rebater críticas, pois minhas farpas atingem também
cartas elogiosas. Falo da arte da leitura. É preocupante ver
a liberdade com que alguns leitores interpretam os textos.
Muitos se rebelam com o que eu não disse (jamais defendi
o sistema de saúde americano). Outros comentam
opiniões que não expressei e nem tenho (não sou contra a
universidade pública ou a pesquisa). Há os que adivinham
as entrelinhas, ignorando as linhas.
Indignam-se com o que acham que eu quis dizer, e não
com o que eu disse. Alguns decretam que o autor é um
horrendo neoliberal e decidem que ele pensa assim ou
assado sobre o assunto, mesmo que o texto diga o
contrário.
Não generalizo sobre as epistolas recebidas algumas
de lógica modelar. Tampouco é errado ou condenável
passar a ilações sobre o autor ou sobre as consequências
do que está dizendo
Mas nada disso pode passar por cima do que está
escrito e da sua lógica. Meus ensaios têm colimado
assuntos candentes e controvertidos. Sem uma correta
participação da opinião pública educada, dificilmente nos
encaminharemos para uma solução. Mas a discussão só
avança se a lógica não for afogada pela indignação.
Vale a pena ilustrar esse tipo de leitura com os
comentários a um ensaio sobre nosso sistema
de saúde (abril de 1997). A essência do ensaio era a
inviabilidade econômica e fiscal do sistema preconizado
pela Constituição. Lantejoulas e meandros à parte, o
ensaio afirmava que a operação de um sistema de saúde
gratuito, integral e universal consumiria uma fração do PIB
que, de tão alta (até 40%), seria de implantação
inverossimil.
.
2- Realize mais uma leitura global do texto e selecione as
seguintes informações:
Um comentário do autor
Uma explicação
. Uma justificativa de uma afirmação feita
• Um exemplo
Uma informação complementar
3- Redija um resumo do texto de Cláudio Moura e Castro,
mudando - se quiser - a ordem das
informações, retirando recursos estilísticos, exemplos mais
longos, "desabafos", etc. Use o
recurso da parafrase, não copiando passagens do texto
original. Inclua os referentes do textobase (titulo do texto,
autor, local e data de publicação) no texto do resumo​

Sagot :

Explicação:

não consigo responder essas perguntas acho difícil

As entrelinhas X Interpretação de texto

A questão central do texto corresponde as entrelinhas de um texto, ou seja, a interpretação que se faz de algo que foi escrito com uma mensagem encoberta. As vezes as pessoas até tentam ver a mensagem encoberta, mas acabam inventando.

O texto fala em semiótica, que corresponde a linguagens verbais e não verbais que podem estar inseridas em um texto. Uma curiosidade quanto a isso é que muitos autores russos do século XIX, como a Rússia passou por um momento de repressão, acabaram criando narrativas e encobrindo as mensagens que queriam passar para o povo.

Porém, o autor deixa claro que as pessoas tem dificuldade de ler as linhas e tentam inventar as entrelinhas.

Quando você observa um emoji, dependendo da característica dele, você saberá a respeito da mensagem que ele quer passar, configurando outro exemple do uso da semiótica.

Detalhes do texto

  • A organização do texto tem um início, um meio e um fim e pode ser caracterizado como uma crônica, pois está falando de algo do cotidiano e que pode gerar muitas discussões, além de se um texto curto.

  • Durante todo texto o autor diz que seu texto é um ensaio, ou seja, também é uma forma de discutir um assunto cotidiano, apresentando o olhar de outras pessoas.

  • O próprio título do texto é capaz de caracterizar o assunto que o mesmo vai tratar, sendo que durante o texto algumas dicas são apresentadas, pincipalmente a última parte do texto.

  • O autor do texto acredita que muitas pessoas eles escrevem corretamente, porém não sabem "ler", ele acaba dando um exemplo da equipe dele.

Segunda parte do texto

Um comentário do autor:

Mas infelizmente temos todos o vicio de subestimar as dificuldades na arte de ler, ou, melhor dito, na arte de entender o que foi lido.

Uma explicação:

O ensaio de hoje é sobre cartas que recebi dos leitores de VEJA, algumas generosas, outras iradas.

Uma justificativa:

Não lhe ocorre que há níveis diferentes de compreensão.

Um exemplo:

Vale a pena ilustrar esse tipo de leitura com os comentários a um ensaio sobre nosso sistema de saúde (abril de 1997).

Uma informação complementar:

Meus ensaios têm colimado assuntos candentes e controvertidos.

O resumo

Você poderá iniciar seu resumo elencando aspectos importantes a respeito da interpretação de texto.

Também poderá chamar a atenção para a importância da leitura, pois esse é um diferencial para facilitar a interpretação e poder observar as entrelinhas sem mudar o sentido textual.

Em relação ao resumo do texto sobre a interpretação de texto saiba mais:

https://brainly.com.br/tarefa/40813395

https://brainly.com.br/tarefa/43010058

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