A morte do lápis e da caneta
Boa notícia para as crianças americanas. Vai ficando optativo, nos Estados Unidos, escrever em letra de mão. Um dos últimos a se renderem aos novos tempos é o Estado de Indiana, que aposentou os cadernos de caligrafia agora em julho.
O argumento é que ninguém precisa mais disso: as crianças fazem tudo no computador e basta ensinar-lhes um pouco de digitação. Depois do fim do papel, o fim do lápis e da caneta! Tem lógica, mas acho demais.
Sou o primeiro a reclamar das inutilidades impostas aos alunos durante toda a vida escolar, mas o fim da escrita cursiva me deixa horrorizado.
A máquina de calcular não eliminou a necessidade de se aprender, ao menos, a tabuada; não aceito que o teclado termine com a letra de mão.
A questão vai além do seu aspecto meramente prático. A letra de uma pessoa é como o seu rosto. Como todo mundo, gosto de ver como é a cara de um escritor, de um político, de qualquer personalidade com quem estou travando contato — e logo os e-mails virão com o retrato do remetente, como já acontece no Facebook.
(COELHO, Marcelo. Folha de S.Paulo, 20/07/2011)
Os elementos destacados no texto estabelecem sentido de:
a)Lugar, tempo e adição.
b)Lugar, causa e oposição.
c)Lugar, tempo e causa.
d)Lugar, tempo e oposição.
e)Tempo, oposição e causa