TEXTO I
O dizer pela linguagem
O significado de uma declaração reside no fato de que ela expressa um estado de coisas. Se uma declaração não expressa um estado de coisas, então não tem nenhum significado; só aparentemente é uma declaração. Se a declaração expressa um estado de coisas, então é significativo para todos os eventos; é verdadeira se esse estado de coisas existe, falsa se ele não existe.

TEXTO II
O fazer pela linguagem
Por mais tempo que o necessário, os filósofos acreditaram que o papel de uma declaração era tão somente o de "descrever" um estado de coisas, ou declarar um fato, o que deveria fazer de modo verdadeiro ou falso. Mas nem todas as sentenças são (usadas para fazer) declarações. "Aceito esta mulher como minha legítima esposa", "Batizo este navio com o nome de Rainha Elizabeth", "Aposto que choverá amanhã"; estes exemplos deixam claro que proferi-las (nas circunstâncias apropriadas) não é descrever o ato que estaria praticando ao dizer o que disse, nem declarar que o estou praticando: é fazê-lo.

Ao refletir sobre as variadas funções da linguagem, Austin rechaça a teoria de Carnap por considerá-la

a) artificial.
b) contraditória.
c) incoerente.
d) limitada.
e) tendenciosa.