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Qual a diferença entre os jogos e outros produtos culturais?​

Sagot :

Resposta:

Outros meios são quase sempre divulgado como cultura, “Disco é Cultura” está escrito em alguns LPs aqui em casa. Os jogos, por sua vez, são divulgados como diversão, e de repente, eles começam a serem alardeados como cultura. Nesse caso, eu entendo perfeitamente a opinião da senhora Ministra, por mais preconceituosa que eu a considere. Ou seja: não adianta dizer que jogos “são cultura”, se a própria indústria que os faz não os mostra como bens culturais. Se os próprios jogadores que os consomem buscam esse entretenimento. Se quisermos que os jogos sejam entendidos como cultura, temos de falar e agir dessa maneira o ano todo, e não apenas em meio a editais, captação de recursos ou planos de governo. Os jogadores, por sua vez, têm de exigir mais conteúdo crítico em seus jogos, pois a indústria atende demandas deles. Eis o ovo e a galinha desse debate.

A pasta da Cultura não pode ser tratada apenas objetivamente, como uma quitanda que compra e vende bananas e laranjas. Cultura faz parte da formação de um povo, de uma nação, e em última instância, da humanidade. Ela não é comprada através de bens de consumo como televisão, livros ou CDs, que como já disse são apenas suportes. Cultura deve ser conquistada, e a ferramenta para isso é a Educação. Se o trabalhador quiser usar seus R$ 50 para comprar “revistas porcaria”, como disse a senhora Ministra, esse não é um problema dele, e sim um problema do país todo. Se alguém come laranja, banana ou melancia, aí sim o problema é dele. Mas se esse cidadão faz crescer uma indústria de revistas de quinta categoria, aí o problema me atinge também. Cultura não é um problema meramente administrativo, e nem pode ser solucionado com R$ 50, R$ 100, nem mil reais por mês. E resoluções como essas não podem ser tomadas por uma pessoa só, que aparentemente trata produtos culturais como um produto qualquer. É necessária uma comissão, pesquisas e estudos sobre o caso. Não apenas uma boa intenção, como a de movimentar um mercado.

Explicação: