4 – O produto final do seringueiro, o látex
defumado, deveria ser encaminhado ao “patrão”
que em troca deveria lhe pagar. Como o
seringueiro já vinha devendo desde o Nordeste, o
saldo dessas dívidas era difícil. Mas se por um
lado o “patrão” exercia seu poder sobre o
seringueiro, não raro o prendendo por dívidas, o
próprio patrão, nessa chamada “cadeia do
aviamento” também estava sujeito aos
negociantes estrangeiros a quem exportava o
látex coletado.
LACERDA, Franciane. A vida e o trabalho nos
seringais. In FONTES, Edilza. Contando a
História do Pará. V.I. Belém. E-Motion. 2002.
A partir da leitura do texto acima e dos estudos
históricos sobre essa temática podemos afirmar
que as relações de trabalho, construídas no
espaço dos seringais, se caracterizavam por um
(a):
A) relação de igualdade entre seringueiro e
seringalista, pois ambos tiravam proveito
econômico da atividade gomífera.
B) sistema em que o seringalista se tornava
escravo do dono do seringal quando não
conseguia pagar suas dívidas.C) sistema de trabalho assalariado em que os
seringueiros, na sua maioria vindos do Nordeste,
conseguiam juntar dinheiro e comprar seus
próprios seringais.
D) dependência do seringalista em relação ao
seringueiro, que tinha neste último a única mão-
de-obra possível nos seringais.
E) cadeia de dependências, envolvendo o
seringueiro, o seringalista e a casa aviadora que,
em última instância, se subordinava ao capital
estrangeiro.
