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Sagot :
Cultura escrita é o lugar – simbólico e material – que o escrito ocupa em/para determinado grupo social, comunidade ou sociedade. Essa definição baseia-se na acepção antropológica de cultura, considerada como toda e qualquer produção material e simbólica, criada a partir do contato dos seres humanos com a natureza, com os outros seres humanos e com os próprios artefatos, criados a partir dessas relações.
Agora preste bem atenção no outro sentindo, a cultura escrita letrada.
Nesse sentido, vários autores têm, nos últimos anos, preferido utilizar culturas do escrito ou culturas escritas. Esses termos são capazes de expressar que não existe um único lugar para o escrito em uma determinada sociedade ou em/para um determinado grupo social. Outra consequência refere-se ao papel ativo ocupado pelos sujeitos na produção das culturas do escrito. Assim, é pouco fértil afirmar que os indivíduos e/ou as sociedades se inserem ou têm acesso à cultura escrita, pois os seres humanos produzem cotidianamente bens materiais e simbólicos em várias dimensões de suas vidas. Essa produção diária é que vai, ao longo do tempo, configurar o lugar do escrito em seu grupo social, na sua comunidade.
A definição esboçada também nos leva a diferenciar cultura escrita de letramento. As duas expressões têm sido tomadas muitas vezes como sinônimas, possivelmente por serem ambas – ao lado da palavra alfabetismo – traduções do termo literacy. Se considerarmos que o letramento se refere, predominantemente, aos usos sociais da leitura e da escrita, compreendemos que ele compõe uma das dimensões das culturas do escrito, mas não pode ser tomado como seu sinônimo.
Agora preste bem atenção no outro sentindo, a cultura escrita letrada.
Nesse sentido, vários autores têm, nos últimos anos, preferido utilizar culturas do escrito ou culturas escritas. Esses termos são capazes de expressar que não existe um único lugar para o escrito em uma determinada sociedade ou em/para um determinado grupo social. Outra consequência refere-se ao papel ativo ocupado pelos sujeitos na produção das culturas do escrito. Assim, é pouco fértil afirmar que os indivíduos e/ou as sociedades se inserem ou têm acesso à cultura escrita, pois os seres humanos produzem cotidianamente bens materiais e simbólicos em várias dimensões de suas vidas. Essa produção diária é que vai, ao longo do tempo, configurar o lugar do escrito em seu grupo social, na sua comunidade.
A definição esboçada também nos leva a diferenciar cultura escrita de letramento. As duas expressões têm sido tomadas muitas vezes como sinônimas, possivelmente por serem ambas – ao lado da palavra alfabetismo – traduções do termo literacy. Se considerarmos que o letramento se refere, predominantemente, aos usos sociais da leitura e da escrita, compreendemos que ele compõe uma das dimensões das culturas do escrito, mas não pode ser tomado como seu sinônimo.
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