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Ah, tempo bom!
“(EF08LP06) – Identificar, em textos de diferentes gêneros, os termos constitutivos da oração (sujeito e seus modificadores, verbo e seus complementos e modificadores)”. “(EF69LP46) – Participar de práticas de compartilhamento de leitura/recepção de obras literárias/ manifestações artísticas, tecendo, quando possível, comentários de ordem estética e afetiva.(EF07LP06C) Empregar adequadamente regras de concordância verbal em situações comunicativas (escrita e oral).
09/03/21 - 9º ano do EFII - Língua Portuguesa - Ah, tempo bom!

1. Leia o excerto do livro Memórias Póstumas de Brás Cubas.
Óbito do autor
Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no intróito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco.
(Machado de Assis. Memórias póstumas de Brás Cubas.)
Ser autor defunto ou defunto autor, conforme a análise de Brás Cubas na introdução de suas memórias póstumas, quer-nos dizer:

a) Que, se fosse um autor defunto, já o seria antes de morrer, enquanto, sendo um defunto autor, tornou-se após a sua morte.

b) Brás escreveu suas memórias póstumas por não ter conseguido fazê-lo em vida.

c) Brás não entendia a diferença entre um e outro e por isso escolheu o segundo.​