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Sagot :
Resposta:
Para uma análise deste aspecto da teoria do conhecimento de David Hume que diz respeito à experiência, é interessante conhecermos um pouco sobre o modo que pensavam os racionalistas que o precederam, em especial Descartes, para, assim, reconhecermos o que de novo ela traz em relação àquelas de seus predecessores.
Descartes, em seu “Discurso do método”, buscando livrar-se dos erros cometidos no processo de busca pela verdade de modo a obter bases seguras para ele, constata que nossos sentidos não são uma fonte segura de conhecimento pois, se eles nos enganam algumas vezes (como quando sonhamos e cremos estar acordados, ou quando vemos o Sol de um tamanho infinitamente menor que sua dimensão real), podem, portanto, nos enganar diversas outras. Deste modo, para o filósofo e matemático francês, as ideias provenientes dos sentidos não são inteiramente confiáveis e fogem ao propósito de seu método, que é o de não deixar margem para dúvidas. Mais seguras são as ideias mais distantes do que nos fornecem os sentidos, aquelas produzidas a priori, derivadas exclusivamente da razão.
David Hume, por sua vez, embora não ignore o papel crucial da razão neste processo de conhecimento, elabora uma teoria que fundamenta-se sobretudo nas ideias derivadas das percepções, isto é, dos sentidos. Em sua “Investigação sobre o entendimento humano”, o autor observa que as faculdades da mente, que consistem na memória e na imaginação, não permitem um mesmo nível de vivacidade que as percepções primeiras. A lembrança de uma dor experimentada não possui tanto vigor quanto a sensação mesma da dor no momento em que ela ocorre. Isto porque, diz Hume, “o mais vívido pensamento é ainda inferior à mais vaga sensação.”[1]
Tendo em vista isso, Hume diferencia em dois tipo as percepções da mente, de acordo com seus “diferentes graus de força e de vivacidade”, as menos vivazes sendo as ideias ou o pensamento, e as mais vivazes sendo as impressões, que se dão pontualmente por meio dos sentidos. As ideias são, assim, cópias “deficientes” de nossas impressões interiores (como o amor) ou exteriores. Mesmo no que tange à imaginação (à concepção de objetos ou seres jamais percebidos pelos sentidos), as ideias sempre terão sua origem em alguma sensação ou sentimento anterior. Se, para Descartes, a ideia de um ser mais perfeito que eu (Deus) não pode ter vindo do nada pois não tem correspondentes na realidade percebida, e tampouco pode ter surgido de mim mesmo, ela só pode ter sido posta em mim por uma natureza que fosse verdadeiramente mais perfeita, ou seja, por Deus, para Hume:
“A ideia de Deus, isto é, de um Ser infinitamente inteligente, sábio e bom, origina-se de nossa reflexão sobre as operações de nossa própria mente, e do aumento ilimitado das qualidades da bondade e da sabedoria.” [2]
Para confirmar isso temos, por um lado, a análise da origem de uma ideia, buscando a sensação da qual ela derivou e, por outro, podemos perceber que, não havendo experimentado uma sensação, alguém não tem como ter ideias correspondentes a ela, assim como um cego não é capaz de formar noção alguma das cores.
“Quando suspeitamos, portanto, que algum termo filosófico é empregado sem qualquer significado ou ideia que lhe corresponda (o que é demasiado frequente), precisamos apenas inquirir de que impressão deriva essa suposta ideia. E se não for possível assinalar nenhuma, isso servirá para confirmar nossa suspeita.” [3]
À exceção das ideias matemáticas que seriam dadas de modo independente da experiência, para Hume, a experiência é o campo no qual se delimita o conhecimento (enquanto conhecimento de causas e efeitos). Ela é precisamente onde vamos “além da evidência de nossa memória e sentidos”, pois é onde a razão exerce o papel de associar uma causa a seu respectivo efeito. É a razão que estabelece “uma conexão entre o fato presente e o que dele se infere”. Se tudo o que tivéssemos fossem as percepções, sem a associação entre elas feita pela razão, não seria possível produzir conhecimento. Também não é possível produzi-lo por meio de um raciocínio a priori: é apenas por meio da experiência que podemos conhecer as relações de causalidade.
“Nunca é possível para a mente, mesmo com o mais minucioso exame ou inspeção, encontrar na suposta causa seu efeito. Pois o efeito é totalmente diferente da causa, e, por consequência, jamais pode ser nela descoberto.” [4
Explicação:
espero ter ajudado
por favor marque melhor resposta estou precisando muito obg
Resposta:
Teoria e prática são como arroz e feijão, se completam. E como tudo na vida se transforma e evolui, pois o conhecimento prático de alguns torna-se o teórico de outros. A maioria dos livros de Lean Manufacturing são baseados em experiências de seus autores como Taiichi Ohno, Shigeo Shingo entre outros.
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