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5 - A partir do ponto de vista da globalização , qual a
diferença da pandemia de
seculos atras
para a pandemia de nossos
dias, explique
como aconteceu nesses dois
momentos históricos ??

me ajudem por favor ​

Sagot :

A pandemia ocorrida em 1918 e 1919, conhecida como “Influenza Hespanhola”, tem sido considerada uma das mais devastadoras e letais da história. Esta enfermidade alastrou-se por todas as regiões do planeta e deixou o maior número de infectados e mortos, se comparada com as pandemias ocorridas até então. Ela teria vitimado 20 milhões de pessoas em todo o mundo (mas alguns estudiosos falam em 50 milhões de mortos). Em relação ao número de doentes, as dificuldades para o cálculo são ainda maiores e os números, mais assustadores: supõe-se que teriam adoecido pelo menos 600 milhões de pessoas.

Existem várias teorias sobre a origem daquela pandemia. O certo é que ela foi propagada, e talvez gerada, pela queda dos padrões sanitários e pelos efeitos da escassez alimentar decorrentes da Primeira Guerra Mundial (conflito bélico ocorrido entre 1914 e 1918). Como consequência dessa situação calamitosa, a pandemia de gripe deixou, em alguns meses, um número maior de mortos do que a própria guerra. 

A denominação dada ao surto de 1918 vem do fato de que na Espanha não era segredo os estragos feitos pela gripe. As notícias sobre a pandemia eram publicadas livremente pelos jornais, o que dava a impressão de que lá havia muito mais doentes do que em outras regiões. Outros países preferiram suavizar o impacto causado pela enfermidade ou até mesmo censurar a imprensa a respeito do assunto. A ideia de esconder os estragos da epidemia foi defendida inclusive por instituições de prestígio como a Royal Academy of Medicine de Londres. 

“Espanhola” foi a denominação que chegou ao Brasil.

Na época, não faltavam notícias dizendo que a doença havia sido uma criação dos alemães. Muita gente acreditava que a moléstia era engarrafada na Alemanha e depois distribuída por seus submarinos, que se encarregavam de espalhar as ditas garrafas perto das costas dos países inimigos. Apanhadas nas praias por gente inocente, espalhava-se assim aquela terrível enfermidade. 

Quanto ao Covid-19, esse novo vírus também se alastrou por todas as regiões do planeta e está deixando igualmente um número muito grande de infectados e mortos. Assim como a Gripe Espanhola, o Coronavírus está causando pânico, paralização da vida cotidiana de boa parte do planeta, vem deixando transparecer antigos problemas sociais e de saúde pública. Esse novo vírus é facilmente transmissível, assim como a gripe, o que facilita sua rápida propagação.  

Apesar dos 100 anos que as separam, Gripe Espanhola e Coronavírus tem também em comum a dificuldade dos poderes públicos em lidar com a quantidade muito grande de óbitos, ao não conseguirem dar um destino rápido aos corpos das pessoas mortas e ao terem que realizar sepultamentos em covas coletivas, situações presentes há um século e que já são observadas novamente nos países mais afetados pela pandemia. 

Em relação à idade das pessoas que faleceram em função deste novo surto pandêmico, é comum a fala de que o coronavírus é mais letal em pessoas idosas ou que já possuem algum problema de saúde. Entretanto, também existem inúmeros casos de pessoas jovens e saudáveis que vieram a óbito por Covid-19. Tenta-se passar a imagem que ele também é um “limpa-velhos” como a gripe era vista antigamente, mas os dados têm mostrado que a situação real não é exatamente essa. 

Se a Gripe de 1918 foi vista como sendo uma moléstia criada artificialmente pelos alemães, o mesmo boato foi espalhado em relação ao coronavírus. Há quem acredite que essa doença seria uma arma biológica, criada em laboratório ou um vírus propositalmente manipulado. Inúmeros boatos circularam na imprensa e nas redes sociais justificando tal teoria. Nos Estados Unidos, há quem acredite que a China foi quem produziu o vírus. Já os chineses acreditam que poderiam ter sido os Estados Unidos que levaram o vírus para seu país. Entretanto, os cientistas confirmaram tratar-se de um vírus que sofreu mutações naturais, transmitido aos humanos provavelmente a partir de algum animal na cidade de Wuhan, na China.

Ainda sobre a Gripe Espanhola cabe destacar que, naquela época, as autoridades brasileiras ouviram com descaso as notícias vindas da Europa. Acreditava-se que o oceano impediria a chegada da doença ao Brasil, o que não aconteceu. A doença chegou ao país a bordo do navio inglês “SS Demerara” (uma espécie de Correios britânicos), no dia 17 de setembro de 1918. Esse navio chegou com a tripulação contaminada e passou livremente pelos portos de Recife, Salvador e Rio de Janeiro, repleto de doentes. 

De início, não foram tomadas providências enérgicas para combater a epidemia, pois o Diretor Geral da Saúde Pública, Carlos Seidl, insistia que a gripe tinha um caráter benigno (não era a “espanhola” que estava atacando a Europa, e sim uma “gripezinha”). Seidl julgou que era desnecessário tomar qualquer medida preventiva contra o mal, mesmo com a quantidade de óbitos subindo a cada dia.

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