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O seguinte depoimento foi concedido por um professor de história do ensino médio à pesquisadora Maria Telvira da Conceição em 2010: "O ensino médio é meio pragmático. Lamentavelmente é um ensino profissionalizante-vestibulando. Então, eu não posso descer muito em considerações, a não ser aquelas ... que abrir um espaço pra eles mesmos interpretarem. Eu não posso orientá-los, olha, agora vamos ver o que é que o negro deve fazer, o que é que o branco fez isso... Isso é mais de ensino fundamental. Porque se eu começar dizer, professor, isso não vai cair no vestibular. Quando a gente começa interpretar certas coisas que não se vêem muito em cursinhos, professor, isso não cai em vestibular. Eles não gostam muito de descer a detalhes filosóficos..." Maria Telvira da Conceição, O trabalho em sala de aula com a história e a cultura afro-brasileira no ensino de história, 2010. A respeito da afirmação desse professor, avalie as seguintes afirmativas: I) Apresenta insatisfação com uma questão que está de acordo com os próprios PCNs, uma vez que esse documento indica que o ensino médio tem como um dos principais objetivos a formação do educando para o mercado de trabalho e para o ensino superior, ou seja, "profissionalizante-vestibulando". II) Apresenta insatisfação com uma questão que NÃO está de acordo com os PCNs, pois mesmo indicando a formação para o mercado de trabalho e para o ensino superior, seu texto indica a indissociável formação cidadã para a inserção crítica nos espaços após a conclusão da educação básica. III) É um erro considerar as questões raciais como "detalhes filosóficos", uma vez que a temática possui centralidade no entendimento das relações e discriminações sociais contemporâneas. IV) É um erro ignorar a relação intrínseca entre conhecimento histórico e entendimento das relações sociais na atualidade. Construir a relação entre passado e presente é, inclusive, objetivo apontado enfaticamente pelos PCNs. V) O professor traz uma visão distante dos PCNs, mas pautada na prática do

Sagot :

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