Answered

Bem-vindo ao Sistersinspirit.ca, onde você pode obter respostas confiáveis e rápidas com a ajuda de nossos especialistas. Explore soluções abrangentes para suas perguntas de uma ampla gama de profissionais em nossa plataforma amigável. Experimente a facilidade de obter respostas rápidas e precisas para suas perguntas com a ajuda de profissionais em nossa plataforma.

texto de como a arte combate o preconceito ​

Sagot :

Resposta:

Eles relatam o preconceito e a violência, mas também a necessidade de discussão sobre a questão da igualdade racial nas escolas e universidades. Na fotografia está o performista Vitor Rocha (Foto: Alberto César Araújo/Amazônia Real)

Manaus (AM) – Jovens artistas estão cada vez mais utilizando as artes na rua, ou dentro de espaços culturais, além dos eventos na educação, para falar sobre o enfrentamento diário do racismo e preconceito contra pessoas negras na capital do Amazonas. O performista Vitor Rocha, 18 anos, sabe quando um olhar de uma pessoa branca é uma atitude de preconceito.

“Um dia eu estava em uma parada de ônibus, quando um cara branco chegou perto de mim e disse: ‘Nossa! Olhei para o teu cabelo e já ia chamar a polícia’”, revela o artista.

Vitor diz que a abordagem racista é cotidiana. “Posso estar com turbante ou sem turbante (na cabeça), com dreads ou sem dreads (mechas do cabelo emaranhadas). Os olhares, as brincadeirinhas, o segurança da loja nos seguindo. São infinitos os casos”, revela o artista, que nunca foi em uma delegacia denunciar o racismo sofrido no cotidiano.

Em 2019, ele criou a performance “Cabô”, inspirada na música da cantora e compositora baiana Luedji Luna. Ela fez a canção que é “o choro de uma mãe preta que perde seu filho para violência policial”, depois dos assassinatos de cinco jovens negros, por 111 tiros, na comunidade Costa Barros, em 2015, no Rio de Janeiro.

A imagem pode conter: 1 pessoa, close-up

O performista Vitor Rocha no Tetro Amazonas (Foto: divulgação)

Vitor levou a performance com a música de Luedji para as ruas, praças e no dia 30 de agosto deste ano apresentou “Cabô” no palco do centenário Teatro Amazonas, durante o 3º Festival 5 Minutos em Cena.

“O teatro é para evidenciar as vozes; me auxilia com muitos problemas. Diferente das pessoas que o procuram para inibir a timidez, eu o procurei para dar visibilidade a mim e aos meus. É nele que tenho autoridade para gritar e fazer ecoar diversas vozes e denunciar infinitos casos”, diz o artista.

Na performance “Cabô”, Vitor Rocha levou para o teatro a discussão sobre a violência e o genocídio do negro no Brasil. “Fazer arte é fazer ativismo. É escancarar a realidade que ninguém teve coragem de enfrentar, para gerar uma mudança através disso. Há necessidade de que todos falem disso”, afirma ele.