Antes de falarmos sobre o círculo vicioso do preconceito linguístico, é necessário esclarecer o que é o preconceito linguístico. Um preconceito, é uma ideia antecipada que fazemos de algo, sem muito conhecimento sobre. Na própria palavra preconceito isso está claro: o prefixo pré, significa anterior, e o sufixo conceito, juízo, ou ideia.
Segundo Marcos Bagno em seu livro Preconceito linguistico: o que é, como se faz, o preconceito linguistico se refere a toda ideia e juízo, que menospreza, reprova, desvaloriza às variedades linguisticas que são consideradas de menor valor, feias e erradas. Podemos citar os dialetos dos nordestinos, dos índios, de pessoas de classes sociais mais baixas, ao falar:
- Pranta
- Fizemo
- Bassoura
- Cumemo
- Vevi
Já o círculo vicioso do preconceito linguístico é formado pela gramática tradicional ensinada nas escolas, que inferioriza os dialetos comuns e cotidianos, ao ensinar que são completamente errados, pelos métodos tradicionais de ensino que não incluem a diversidade, e pelos livros didáticos. Esse ciclo que se forma, faz com que pessoas tenham preconceito com pessoas que supostamente falam errado (não há certo ou errado, o correto é se falar em variações) em situações comuns, por acharem que existe apenas uma forma de falar Português, mesmo em situações formais e corriqueiras, e exclue pessoas que não tiveram acesso a educação formal para aperfeiçoar seu modo de falar.
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