Resposta:
Mashall estabeleceu os 4 princípios da comunicação não violenta. Trata-se de um breve manual para ajudar as pessoas no processo de tomar consciência de si em meio a conflitos:
1. Observar: perceber se o que o outro está falando nos afeta, nos prejudica ou enriquece a nossa vida, o que nos agrada ou não;
2. Sentir: a partir da observação, devemos entender como os nossos sentimentos estão reagindo, se ficamos alegres, magoados, injustiçados, furiosos diante do que nos foi dito;
3. Necessidade: identificar uma necessidade nossa que nos leva a reagir com tal sentimento. Por exemplo, “estou furioso (sentimento) porque devo fazer essa tarefa desagradável (ação que, em princípio, vai contra a sua necessidade no momento da interação)”;
4. Pedido: devemos expressar esses três componentes e concluir nosso comentário ou resposta com um pedido honesto que tenha o objetivo de apaziguar a situação de conflito. No exemplo, a pessoa que disse “estou furioso porque devo fazer essa tarefa desagradável” pode terminar a sua fala pedindo: “você pode me ajudar?”.
Muitas pessoas seguem esses princípios quase que naturalmente, mas tomar consciência disso garante que se crie um fluxo dos dois lados no qual o outro também se expressa com compaixão e se mostra disposto a ouvir.
Explicação:
A comunicação não violenta não nos leva a simplesmente parar de julgar. O objetivo é entender como determinado juízo de valor reflete o nosso estado emocional e as nossas necessidades e o que podemos fazer com isso, como podemos utilizá-los para nos conectarmos de maneira sincera com os outros.
O julgamento é parte do processo de reflexão para arranjar soluções realmente úteis para todos. Conforme colocamos em prática esse aspecto, vale a pena, em vez de dar voz aos nossos julgamentos, usá-los para perguntar mais, saber como os outros se sentem e criar soluções em conjunto. Isso cria e fortalece conexões emocionais entre as pessoas.
