Na mitologia grega, a moral da história de Odisseu é ensinar a importância da identidade e os perigos que a sua perda gera.
Odisseu, também conhecido como Ulisses, é o protagonista da Odisseia, de Homero, texto fundamental para a educação na Grécia Antiga. A Odisseia narra, por sua vez, o retorno de Odisseu à Ítaca, sua terra natal, após dez anos lutando na Guerra de Tróia, narrada em outro poema famoso de Homero, a Ilíada.
Enquanto o herói da Ilíada é Aquiles, símbolo da hybris (fúria desmedida) e da kleos (a glória conquistada em batalha), Odisseu, por sua vez, representa a mêtis (astúcia) - Odisseu, afinal, é quem idealizou o estratagema do Cavalo de Troia, que colocou fim à longa guerra - e o nostos (o retorno do herói para casa).
Diferentemente de Aquiles, Odisseu não tem uma bela morte. A glória de Odisseu é resistir às tentações que o fariam perder a identidade e a individualidade:
Isolado e desenraizado, Odisseu nada é. O esquecimento de quem se é representaria um tipo de morte distinto e é contra isto que Odisseu luta. Sua identidade pode ser resumida em três pontos:
O que move Odisseu na sua jornada não é o amor, mas o desejo de se pôr em harmonia com o cosmos. Da mesma forma, Penélope, sua esposa que por muito o esperou e por muito foi ameaçada por uma horda de pretendentes, representa a fidelidade, a prudência e a integridade necessárias para preservar a raiz que Odisseu reencontra quando retorna à Ítaca.
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