Vejamos o caso a seguir:

Juca é um senhor de 67 anos que decidiu iniciar seus estudos, depois que se aposentou. Na infância e na adolescência ele não pôde frequentar a escola, pois tinha que trabalhar na roça para ajudar no sustento da família. Ele se matriculou em uma instituição de EJA e começou a participar das aulas onde seus professores trabalham de forma dinâmica e com discussões interessantes, como se fosse uma roda de conversa, o que ele gostou muito, pois conversar é com ele mesmo. Mas essas discussões tinham um propósito para os professores: primeiro eles investigavam nas conversas o universo desses alunos; depois que descobriam assuntos de interesse dos alunos passavam a tematizar determinadas palavras que lhes fizessem sentido, assim, codificavam e decodificavam essas palavras de forma mais crítica do que simplesmente ler e escrever; depois voltavam nessa palavra problematizando-a, comparando com suas interpretações e discussões iniciais.

Elaborado pela professora com base em Ribeiro (2018).
RIBEIRO, M. R. M. Teoria e prática na Educação de Jovens e Adultos. Maringá: UniCesumar, 2018.

Considerando o caso de Juca, analise as alternativas a seguir e assinale a correta:
Juca demorou muito para iniciar seus estudos e, por isso, enfrentará muitas dificuldades e não conseguirá aprender conteúdos mais complexos, que vão para além de ler, escrever e resolver contas simples.

Alternativa 2:
Tudo indica que Juca iniciou em uma instituição de EJA sem o compromisso de ensinar com base em métodos mais sólidos de alfabetização, pois não se aprende a ler e escrever apenas discutindo.

Alternativa 3:
O método usado para alfabetização de alunos como Juca e de seus colegas é de Paulo Freire, que apresenta uma educação libertadora, partindo de discussões sobre temas geradores.

Alternativa 4:
Juca cursa EJA com base no método de Laubach, a partir do qual os alunos podem fazer as atividades a partir de uma palavra-chave com sílabas propícias para construção de novas palavras.

Alternativa 5:
Não houve utilização de um método para alfabetização de Juca, visto que apenas se tinha uma conversação a fim de compreenderem o sentido da palavra que eles utilizam no dia a dia.