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Preciso de um resumo curto disso aqui
Comunicação em rede
O que mudou no mundo contemporâneo e pe-
de novas reflexões foi o recurso às redes sociais,
esses poderosos instrumentos de mobilização.
A “convocação” por via digital de grupos com
ideologias diferentes consegue rapidamente
reunir pessoas em locais específicos, para tornar
públicas ideias e reivindicações. Assim comenta
Pierre Lévy:
A cibercultura surge como a solução parcial
para os pro emas a época anterior, mas consti
tui em si mesma um imenso campo de problemas
e de conflitos para os quais nenhuma perspectiva
de solução global já pode ser traçada claramente.
As relações com o saber, o trabalho, o emprego, a
moeda, a democracia e o Estado devem ser rein
ventadas, para citar apenas algumas das formas
sociais mais brutalmente atingidas.
LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo:
Editora 34, 1999. p. 246.
Desde 2011 constatamos exemplos clássicos
de multidões reunidas em praça pública, seja em
países do Norte da África dominados por longas
tiranias, seja em Nova York e em grandes centros
do mundo ocidental impactados pelos efeitos da
crise financeira de 2008. No Brasil, as mobilizações
começaram em junho de 2013, focadas no Movi-
mento Passe Livre (MPL), que criticava o aumento
de tarifas de transporte público. Outros movi-
mentos surgiram com demandas específicas e, em
2015, assumiram caráter mais amplo, abrangendo
a luta pela garantia de direitos sociais (educação,
saúde, trabalho, moradia, segurança etc.), além de
críticas à corrupção.
Se concordarmos que a democracia se encontra
em constante repensar e em reinvenção, será preciso
refletir sobre a voz das ruas. Até mesmo estimular
a multiplicidade de manifestações, apesar das inú-
meras dificuldades que esse desafio representa, já

que a massa costuma ser heterogênea e carregar
ideologias opostas, disputando o mesmo espaço
muitas vezes com confronto, o que prejudica o
debate de ideias.
Corroborando as análises feitas até aqui, mas
levantando outros aspectos, o professor Francisco
Foot Hardman, do de artamento de Teoria e História
Literária da Unicamp, contrapõe o dinamismo das
redes sociais ao sistema partidário burocrático e
ultrapassado, incapaz de atender às reivindicações
com presteza. Mas adverte sobre seu radicalismo,
porque o “ambiente virtual produz um rebaixamen-
to acentuado da educação pública – e este, por
sua vez, provoca um afastamento da política. Essa
facilidade de se apresentar e dizer algo é vendida
como valor democrático, mas, sabidamente, não
tem nada a ver com democracia”. Quanto às mútuas
agressões na mídia virtual, alerta que a “intolerância
é a antessala da violência. E a violência é a negação
da política”.*
Destaca-se, nessa citação, não só a necessidade
de reconhecer o fenômeno das redes sociais, con-
traposto à lentidão burocrática de representações
partidárias, mas também o risco de disseminar ódio
e preconceitos, o que impede o diálogo. E, quando
se fala em violência, não se quer dizer apenas de-
predação do patrimônio e agressões físicas, mas a
violência de palavras que humilham e desrespeitam
o antagonista. O fenômeno da violência não se li-
mita às discussões políticas na rede ou na rua; ele
se faz sentir na discussão de outros temas em que
prevalece a ausência de civilidade, virtude que não
se restringe às “boas maneiras”, mas principalmente
tica do respeito dignidade.
Por sua vez, a desilusão com a política pode levar
à negação da própria cidadania, quando se apela à
“ordem autoritária”, atitude que sinaliza um descaso
ou o pouco conhecimento dos trágicos períodos de
ditaduras sul-americanas e, na Europa, de totalita-
rismos de direita e de esquerda. Por isso, importa a ampla e universal educação para que se possa
assumir a plena cidadania. Que venham, então, os
cidadãos para as ruas, mas tragam consigo a memória
histórica do seu país.
De acordo com estudiosos que analisam o
contexto hi rico e internacional da crise do
neoliberalismo, tem ficado relativamente clara a
necessidade de reformulação da representação
política, sobretudo porque a era do capitalismo
financeiro fortaleceu mais ainda a ligação entre
dinheiro e poder. Entre os extremos do laissez-faire
e do estatismo, devem existir fórmulas mais justas
de fazer política.
A crise atual pode significar a exigência de al-
ternativas, de novas estruturas políticas, sociais e
econômicas que permitam a gestão dos patrimônios
público e privado, de modo a impedir privilégios e
a oferecer oportunidades de trabalho e de acesso
aos bens produzidos pela sociedade de maneira
mais usta.

Sagot :

Resposta:

Comunicação em rede

O que mudou no mundo contemporâneo e pe-de novas reflexões foi o recurso às redes sociais, esses poderosos instrumentos de mobilização.

Pierre Lévy

A cibercultura surge como a solução parcial para os pro emas a época anterior, mas consti tui em si mesma um imenso campo de problemas e de conflitos para os quais nenhuma perspectiva de solução global já pode ser traçada claramente. As relações com o saber, o trabalho, o emprego, a moeda, a democracia e o Estado devem ser rein ventadas, para citar apenas algumas das formas sociais mais brutalmente atingidas. Desde 2011 constatamos exemplos clássicos de multidões reunidas em praça pública, seja em países do Norte da África dominados por longas tiranias, seja em Nova York e em grandes centros do mundo ocidental impactados pelos efeitos da crise financeira de 2008. Outros movi-mentos surgiram com demandas específicas e, em 2015, assumiram caráter mais amplo, abrangendo a luta pela garantia de direitos sociais , além de críticas à corrupção.

Foot Hardman, do de artamento de Teoria e História

Literária da Unicamp, contrapõe o dinamismo das redes sociais ao sistema partidário burocrático e ultrapassado, incapaz de atender às reivindicações com presteza. Destaca-se, nessa citação, não só a necessidade de reconhecer o fenômeno das redes sociais, con-traposto à lentidão burocrática de representações partidárias, mas também o risco de disseminar ódio e preconceitos, o que impede o diálogo. A crise atual pode significar a exigência de al-ternativas, de novas estruturas políticas, sociais e econômicas que permitam a gestão dos patrimônios público e privado, de modo a impedir privilégios e a oferecer oportunidades de trabalho e de acesso aos bens produzidos pela sociedade de maneira mais usta.

Explicação:

foi o mlhr q eu consegui