A origem dos diamantes
Potira era uma india jovem, formosa e doce que vivia apaixonada por seu também jovem, também
belo e ainda forte e sereno indio Itagiba.
Bastava reparar no olhar de ambos para perceber o quanto os dois se amavam e eram felizes. O dia
do casamento estava se aproximando, e, como eles eram muito queridos, a taba inteira vinha preparando
uma grande festa em sua homenagem.
Entretanto, estourou uma guerra entre tribos e ltagibá teve de partir com os outros para combater pelo seu povo.
Potira compreendeu a separação a que a guerra obrigava, mas não podia apagar a saudade do seu coração.
Todos os dias sentava-se à beira do rio, lembrando os momentos felizes que passara com seu Itagiba, até
um dia chegou a triste notícia: Itagibá havia sido ferido em combate e estava morto.
O desgosto de Potira foi sem igual
. Chorava, dia e noite, sem parar, sempre à beira do rio. As lágrimas
desciam pelo rosto doce de Potira e caíam na água cristalina, até se misturarem com a areia.
Não houve quem não ficasse emocionado com a tristeza de Potira. Então Tupā, o deus do bem (para os
indios), que também sentiu dó pelo sofrimento da india, fez uma coisa maravilhosa: transformou as lágrimas
de Potira na mais preciosa de todas as pedras, o diamante. E toda vez que, entre as pedras do rio, surgem
algumas que brilham mais do que nenhuma outra, essas são os diamantes das lágrimas da saudosa Potira.
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