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Sagot :
Resposta:
Os conceitos de Kultur e Civilization foram desenvolvidos em simultâneo na sociologia do alemão Norbert Elias (1897-1990) cuja finalidade era descrever certas características do estilo de vida levada pelo povo alemão e de forma particular, aquela desenvolvida em meios da elite e que, por conseguinte, passaria a dominar o contexto cultural. Essas formas de fazer a vida correspondem à civilização, que, conforme escreveu o autor em O processo civilizador (1994), inclui o nível de tecnologia, ao desenvolvimento dos conhecimentos científicos, às ideias religiosas e aos costumes.
Assim, a palavra kultur que deriva do adjetivo alemão kulturell (que descreve o caráter e os valores do produto humano) serve para expressar o orgulho, suas próprias realizações e o ser em si dos alemães e a palavra civilization para os alemães significa algo que sendo útil, representa apenas um valor da segunda classe e compreende a aparência externa dos humanos. Kultur se refere essencialmente a fatos intelectuais, artísticos e religiosos, algo que permanece, ao passo que o conceito civilização (civilization em Francês ou Inglês) descreve um processo ou algo que está em movimento constante para frente. Se estes dois conceitos não criam encontros de imediato entre si, o conceito de civilização terá uma aproximação com kultiviert (cultivado) que se refere à forma de comportamento de uma pessoa e corresponde à cultura. Portanto, a civilização é tomada aqui apenas no seu sentido ocidental e na Alemanha circunscrevia-se ao modo de vida da classe média e burguesa. Saber comunicar em Francês era outro distintivo adicional. Entretanto, a noção de cultura limitava-se a este status de vida da classe dominante e os que não ostentassem eram chamados de bárbaros, o mesmo de incultos.
Como se pode depreender, esta tendência é demasiadamente excludente ao considerar aqueles que não ostentassem o estilo de vida da classe dominante do ocidente como se não tivessem cultura. Assim sendo, a maior parte dos símbolos da vida e espirituais das comunidades que, ao invés de países em desenvolvimento, Elias em A sociedade dos indivíduos (1994), prefere chamar de países menos desenvolvidos, estariam à margem de serem considerados como parte da cultura desses povos. Esta tendência serviu posteriormente para justificar o imperialismo cultural que dizimou várias manifestações autóctones e em seu lugar introduziu práticas que se se julgavam fazer sentido, mas que na prática eram estranhas àquele povo. Na verdade, não existe nenhum povo isento de qualquer manifestação cultural. O que existe é a sua diferenciação, dadas as diferenças sociais e de sociedades.
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