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3) Quais consequências o ciberespaço proporciona à juventude enquanto novas
interações e relações com outras realidades, dentro do que é tratado no texto?​

Sagot :

Resposta:

entt

Explicação:

Ao longo da história da humanidade, os avanços tecnológicos sempre foram responsáveis por transformações nos mais diversos campos de atividades. Hoje, o desenvolvimento informacional e técnico está modificando a sociedade sob diversos ângulos, e a educação não poderia ficar alienada neste processo. As novas tecnologias da informação e da comunicação vêm desafiando a humanidade pelas transformações econômicas, sociais e políticas globalizadas, em um processo irreversível e cada vez mais acelerado. Para melhor visualizarmos os impactos das tecnologias na cultura contemporânea devemos dirigir nosso olhar para a educação como um processo complexo, inacabado e em permanente evolução.

Na atual sociedade, denominada “sociedade da informação”, constituída por influência decisiva dos meios de comunicação, as culturas, os processos educacionais e as competências requeridas passam por uma crise de significados sem precedentes. Neste contexto, damos destaque à rede mundial de computadores, que possibilita um fluxo de informações em diversos níveis. Tais informações não se atém somente à palavra escrita, mas constituem grande diversidade. São elas: textos, gráficos, som ou imagens, arquivos de áudio ou vídeo. Elas transformam nossa relação com o espaço e com o tempo numa velocidade nunca antes vivenciada, dando-nos uma nova percepção de mundo, no qual nossos relacionamentos, inclusive com os saberes, convertem-se em espaços de fluxos, criando e desfazendo verdades, competências e habilidades.

O progresso atual em que se encontram as tecnologias da informação e da comunicação apresentam um novo posicionamento tanto cultural quanto educacional. A grande quantidade de informações disponíveis e sua conversão em conhecimento, que permeiam nossas relações com o saber, estão adquirindo um novo ordenamento, caminhando para o ciberespaço. Este pode ser identificado como interconexões entre redes de computadores, o que se manifesta em maior alcance na Internet. Trata-se de um território eletrônico, onde se trabalha com informações, dados e memória compartilhada através da interação, onde o espaço e o tempo não têm referência.

Este novo meio tem a vocação de colocar em sinergia e interfacear todos os dispositivos de criação de informação, de gravação, de comunicação e de simulação. A perspectiva da digitalização geral das informações provavelmente tornará o ciberespaço o principal canal de comunicação e suporte de memória da humanidade a partir do início do próximo século. (LÉVY, 1999, p.93).

A partir do rompimento dos padrões espaciais em redes interativas, o “espaço de fluxos” passou a substituir o “espaço de lugares” (CASTELLS, 2000). A inovação reside na organização corporal das seqüências de intercâmbio e interações intencionais, suporte das práticas sociais de tempo compartilhado. Este espaço imaterial de fluxos realiza um processo de desmaterialização das relações sociais e educacionais conectadas em rede. O que antes era concreto e palpável adquire uma dimensão imaterial na forma de impulsos eletrônicos.

O virtual é uma nova modalidade de ser, cuja compreensão é facilitada se considerarmos o processo que leva a ele: a virtualização. “O real seria da ordem do ‘tenho’, enquanto o virtual seria a ordem do ‘terás’, ou da ilusão, o que permite geralmente o uso de uma ironia fácil para evocar as diversas formas de virtualização” (LÉVY, 1996, p. 15).

O “lugar virtual” está apoiado em quatro eixos primordiais, que são: o tempo-real, a desterritorialidade, imaterialidade e interatividade. Tais aspectos possibilitam relações sociais simultâneas e acesso imediato a qualquer parte do mundo, inaugurando uma nova percepção do tempo, do espaço e das relações sociais. É no lugar virtual que se pode experimentar, solitariamente, uma nova sociabilidade, compartilhando um lugar simbólico e marcado por novas relações.