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O que você sabe sobre a poesia publicada nos espaços públicos?

Sagot :

Resposta:

Quando, em 2010, um grupo considerável de pessoas ocupou a entrada da Fundação Municipal de Cultura para protestar contra o anunciado cancelamento do Festival Internacional de Teatro Palco & Rua (FIT-BH) daquele ano, uma clara mensagem estava ali colocada. Mais do que um festival da prefeitura, o FIT-BH já havia estabelecido relação de pertencimento com a própria população da cidade.

A cada ano, essa relação se renova e cria novas memórias afetivas para conhecidos espaços de uso cotidiano da cidade, além de convidar o público a descentralizar seu olhar e se transportar ainda para as periferias de Belo Horizonte.

No que se refere à edição atual, uma breve retrospectiva das imagens construídas na primeira semana do FIT já dão a dimensão de possíveis diálogos com a cidade.

Pode ser uma improvisação de dança junto a uma escultura de Amilcar de Castro; uma deriva pelo bairro Lagoinha junto a seres mascarados ou um histórico reencontro com a encenação de "Romeu e Julieta", do Grupo Galpão, aos pés da serra do Curral.

"Uma coisa que a curadoria desse FIT-BH tem percebido é a importância de entender o espetáculo teatral não como simples produto, regido pela relação com a dramaturgia, direção e atuação. É muito mais que isso, trata-se de uma relação entre pessoas. Quando 6.000 espectadores se reúnem na praça do Papa, elas não estão só vendo o espetáculo do Galpão. Estão rememorando coisas de 20 anos, cantando junto músicas que todos conhecem, e isso ultrapassa o simples fato de assistir a um espetáculo", reflete Marcelo Bones, diretor artístico e curador do festival.

Desde que assumiu a curadoria do FIT, Bones tem insistido na tecla sobre que tipo de fôlego o formato de festival ainda possui no mundo. Agora, com a experiência dessa primeira semana, ele já intui que a sobrevida do formato relaciona-se com a potência dos encontros que ele impulsiona.

"Um produto artístico pode ter legitimidade não só pelo que apresenta ali, mas pelo que cria em torno dele. As artes plásticas inclusive já exploram isso há muito tempo. Penso que o FIT, cada vez mais, tem que ir além do próprio espetáculo", opina.

Exemplo disso ocorreu na abertura desta edição, através do "Cortejo Abre-Alas", fruto de uma oficina com o grupo Lume, de Campinas, e que reuniu cerca de 60 atores. Num trajeto iniciado na praça da Liberdade e finalizado na praça da Savassi, o coletivo rememorou figuras míticas da cidade - como a loira do Bonfim e o capeta do Vilarinho, dialogou com espaços em desuso, como o antigo Cine Pathé e, sobretudo, expôs problemas políticos da cidade, principalmente aqueles relacionados ao uso do espaço público.

"Costumo fazer esse cortejo em várias cidades, e o que mais me chamou atenção em BH foi o caráter questionador das ações que eles traziam, cujas reclamações iam desde a proibição de se pisar na grama, até o descuido com a cultura, tudo feito com muito bom humor. Então, o que seria uma homenagem à cidade teve tom de protesto", observa o ator Ricardo Puccetti, do Grupo Lume.

Ressonadores. Assim como no "Cortejo", o diálogo com a arquitetura é também foco do espetáculo "Ressonâncias", da Quik Cia. de Dança, atualmente em cartaz pelo FIT-BH (veja abaixo). Tendo a improvisação como princípio, o grupo, em sua estreia, interagiu com a praça Alaska, no Sion, espaço usualmente pouco habitado por se situar no centro de uma rotatória.

"A gente interagiu com uma obra do Amilcar de Castro, que é linda e está super escondida ali. Buscamos encontrar, nos espaços onde nos apresentamos, o que naqueles lugares está pedindo para ser ressonado", explica Letícia Carneiro, bailarina da Quik.

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