Toda saudade é a presença da ausência de alguém, de algum lugar,
de algo enfim. Súbito o não toma forma de sim como se a
escuridão se pusesse a luzir. Da própria ausência de luz o clarão se
produz o sol na solidão. Toda saudade é um capuz transparente
que veda e ao mesmo tempo traz a visão do que não se pode ver
porque se deixou pra trás, mas que se guardou no coração.
(Gilberto Gil)
1- Por “presença da ausência” pode-se entender:
a) ausência difícil
b) ausência amarga
c) ausência sentida
d) ausência indiferente
e) ausência enriquecedora
2- Para o autor, a saudade é algo:
a) que leva ao desespero.
b) que só se suporta com fé.
c) que ninguém deseja.
d) que transmite coisas boas.
e) que ilude as pessoas.
3- O texto se estrutura a partir de antíteses, ou seja, emprego de palavras ou expressões de sentido contrário. O par
de palavras ou expressões que não apresentam no texto essa propriedade antitética é:
a) presença / ausência
b) não / sim
c) ausência de luz / clarão
d) sol / solidão
e) que veda / traz a visão
4- Segundo o texto:
a) sente-se saudade de pessoas, e não de coisas.
b) as coisas ruins podem transformar-se em coisas boas.
c) as coisas boas podem transformar-se em coisas ruins.
d) a saudade, como um capuz, não nos permite ver com clareza a situação que vivemos.
e) a saudade, como um capuz, não nos deixa perceber coisas que ficaram em nosso passado.