Resposta:
Sim. Com o aumento da idade, existe uma deterioração progressiva da capacidade funcional, ou seja, cresce a limitação para realizar atividades básicas da vida diária.
Explicação:
Acima dos 75 anos, mais da metade da população têm algum tipo de limitação, mas, novamente, a desigualdade social aprofunda o abismo brasileiro, diz a professora Maria Fernanda. “Quando analisamos limitação para realizar as atividades, ela atingia 10,3% dos que têm ensino superior. Entre os sem instrução, eram 43%. Isso se traduz em mais consultas e hospitalizações, com custo enorme para o sistema de saúde, além do sofrimento pessoal e familiar”. O envelhecimento da população, principalmente dos países de renda média, está na agenda internacional. O Brasil tem a sexta maior população idosa acima dos 60 anos; e a sétima acima dos 80. No que tange aos cuidados que nossos velhos recebem, o quadro não é animador, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional de Saúde: 5,7% não têm qualquer ajuda; 81,9% recebem ajuda informal (de familiares ou amigos); 5,8% se valem de cuidadores remunerados; e outros 5,8% têm um mix de ajuda remunerada e informal. “São, 6.5 milhões de idosos necessitando de ajuda e 360 mil que não recebem nenhum tipo dela. E são 5.7 milhões de familiares mobilizados nesses cuidados”, analisa a médica, acrescentando: “é preciso uma política nacional do cuidado do idoso, baseada em informações de qualidade e atenção primária”.
