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porque que nao ha energia nuclear em portugal??​

Sagot :

Resposta:

Já Portugal pertence à minoria europeia que optou por descartar esta opção e apostar nas energias renováveis, sendo que o único reator nuclear existente em território nacional é para efeitos educativos e de investigação e encontra-se no Instituto Superior Técnico (IST), em Lisboa.

Resposta:

Numa sociedade dependente de energia elétrica levanta-se um paradoxo. Que fonte usar para dar resposta a esse consumo tão elevado, de maneira a garantir as necessidades do consumidor, assim como preços competitivos no mercado.

No extremo ocidental da Europa, Portugal vê-se rodeado por território rendido à energia nuclear. Numa aposta que remonta à era dourada da corrida ao armamento, João Peças Lopes, coordenador da Unidade de Sistemas de Energia do INESC Porto, lembra que nas décadas de 60, 70 e 80, “quando o complexo industrial militar precisava de urânio para as suas bombas e ao mesmo tempo justificava as centrais nucleares”, grande parte dos países europeus decidiu utilizar esta fonte de energia para suprir as suas necessidades energéticas.

Hoje, a energia nuclear é a principal fonte de energia elétrica da Europa. Entre os países vizinhos, Espanha tem atualmente sete reatores em cinco centrais operacionais, ao passo que a França tem 19 centrais com 58 reatores nucleares, que estão na origem de 75% da sua produção energética.

Já Portugal pertence à minoria europeia que optou por descartar esta opção e apostar nas energias renováveis, sendo que o único reator nuclear existente em território nacional é para efeitos educativos e de investigação e encontra-se no Instituto Superior Técnico (IST), em Lisboa.

Atualmente, a opinião é unânime, a energia nuclear “não cabe no sistema elétrico português”, garante Peças Lopes ao JPN. Pedro Cosme, professor da Faculdade de Economia do Porto e autor de um estudo sobre a viabilidade da opção nuclear em Portugal, explica: “o nosso problema é que nós temos excesso de capacidade. Nós produzimos mais eletricidade do que a que consumimos, porque houve um investimento exagerado em energia eólica”.

Despedida:

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