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Como a memória das minorias ou memória marginal é documentada e passada a
diante?

Sagot :

Resumo: A memória coletiva é constituída a partir das recordações de acontecimentos ou ações que se deram no passado refletido e ligado em nosso presente, configurando-se então pelo esquecimento e pela lembrança. Assim o arquivo surge como um lugar propício para o resgate ou construção de memórias coletivas ou individuais por meio da custódia de seus documentos que podem apresentar elementos que una ou identifique grupos e indivíduos. Dessa forma, objetiva-se demonstrar que o arquivo pode ser utilizado como lugar dispositivo de memória, com vistas a valorizar e preservar a memória de grupos ou indivíduos, como dos grupos de militância homossexual brasileiro, por meio do resgate do fundo grupo ‘Somos’, estabelecendo a relação entre a contextualização histórica e a custódia dos documentos. A metodologia prevê uma revisão bibliográfica com coleta de dados em instrumentos de pesquisa arquivística e consulta em alguns documentos de fundação do Arquivo Edgard Leuenroth. Esperam-se como resultados contribuir para estudos na área da Arquivística, sobre a custódia de documentos compostos em fundos não oficiais, demonstrando que estes podem ser utilizados para (re)constituição da memória e identidade.

Palavras-chave: Memória e Identidade. Arquivo. Movimento Homossexual. Grupo ‘Somos’.