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qual o pensamento indubitável que descartes descobre?

Sagot :

Resposta:

Cogito ergo sum. Penso, logo existo.

Explicação:

Quando pôs toda a tradição e crença de lado, duvidando até mesmo da natureza exata da matemática, Descartes chegou, segundo o próprio, a uma certeza inabalável posta sua evidência indubitável: penso, logo existo.

Essa conclusão, segundo Descartes, é tão evidente por si mesma que pensar o contrário dela é uma afronta a qualquer tipo de lógica. E convenhamos que Descartes mandou bem nessa, não é? Afinal de contas, o que pode ser mais certo do que a nossa própria existência? Ainda que a neurociência moderna afirme que o pensamento é produzido em momentos distintos da nossa consciência da realidade, é inegável que se em algum momento eu penso e tomo consciência disso, então eu necessariamente existo. Sim, sou particularmente um fã do raciocínio cartesiano, ainda que eu discorde das conclusões posteriores que ele infere.

Para você entender o contexto: Descartes assumiu o ceticismo absoluto e para garantir uma certeza verdadeiramente inabalável, fez uma suposição ridícula, mas possível: a existência de um demônio maligno que quer me enganar o tempo todo.

Caso existisse um ser como esse, nada que eu possa pensar é possível de ser verdadeiro, afinal de contas, há um demônio que o tempo todo prega peças na minha mente - ou seja, o mundo poderia ter começado há 15 minutos e tudo o que você acha que sabe é invenção do demônio. No entanto, posto que eu penso, nesse exato momento, sobre essa possibilidade, existe ao menos uma coisa que certamente esse demônio jamais poderia me ocultar: eu existo, porque penso. Pensar o oposto disso comprova o anterior, ou seja, esse é um argumento inegável - ainda que não assegure a existência dos outros.

Genial, não é?