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Sagot :
Resposta:
A agropecuária é provedora principalmente de alimentos, fibras e energia para a sociedade. Graças aos avanços do conhecimento, gerados pelas instituições de pesquisa, a agricultura brasileira tem sido capaz de abastecer o mercado local e ainda exportar para diversos outros países ao redor do mundo. Somos grandes exportadores de soja, algodão, suco de laranja, carnes, dentre outros produtos oriundos da agricultura.
Dentre os diversos setores da economia, a agricultura tem apresentado continuamente superávit da balança comercial. A sua participação no PIB é de 23,5%. De tudo que o Brasil exporta, os produtos da agropecuária contribuem com mais de 40%, sem contar a importância do setor para a geração de emprego que vem mantendo saldo positivo durante os últimos anos.
A pujança da agricultura contemporânea está apoiada na ciência, na capacidade empreendedora dos agricultores e na capacidade dos profissionais que dedicam à assistência técnica, pública e privada de interiorizar as modernas tecnologias. Mesmo em momentos difíceis como o que estamos passando, não existe desabastecimento.
Até que o arroz, o feijão, o tomate, a carne e o leite, por exemplo, cheguem à mesa dos consumidores, um enorme número de atividades e processos são necessários, a começar pelo trabalho do agricultor, daqueles que desenvolvem as máquinas e os implementos, os insumos e as tecnologias de produção. Isso tudo envolve gente e conhecimentos.
Sem minimizar a importância de outros segmentos, a ciência tem sido decisiva para que possamos ter, em ambiente tropical, a agricultura que temos. O cultivo do trigo na região do cerrado, a produção de azeitona no sul de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul, o cultivo da soja e da cana-de-açúcar em todas as regiões brasileiras, a produção de uvas e vinhos na região semiárida, a produção de suínos, aves e peixes em sistemas intensivos de produção, são alguns exemplos daquilo que a ciência fez para que pudéssemos ter a agricultura que temos hoje.
Graças ao avanço do conhecimento científico, a produtividade da agricultura aumentou significativamente nos últimos 40 anos. Para ter ideia, vamos considerar o que aconteceu com a soja, cuja produtividade, de acordo com a Conab, cresceu 86% nos últimos 40 anos. Assim, se fosse mantida a produtividade de 40 anos atrás, teríamos que estar cultivando 68 milhões de hectares contra os 36,8 milhões que foram efetivamente cultivados na última safra, para que pudéssemos produzir o que estamos produzindo.
Na pecuária de corte também se tem constatado avanços significativos. A área ocupada com pastagens passou de 192 milhões de hectares em 1990 para 163 milhões em 2018. No entanto, a produtividade do rebanho brasileiro saltou de 1,7 @/ha/ano para 4,5 @/ha/ano. Com isto, o Brasil aumentou a sua produção de carne bovina e liberou área antes ocupada com pastagem para agricultura. Por oportuno, cabe destacar que, além do aumento da produtividade física, a tecnologia proporcionou vários outros avanços, de tal forma a permitir a produção de alimentos suficientes para garantir a segurança alimentar da população, tanto sob o aspecto quantitativo quanto qualitativo.
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