Nas palavras do professor Boris Fausto, podemos considerar a administração de Pombal como: “um grande esforço no sentido de tornar mais eficaz a administração portuguesa e introduzir modificações no relacionamento Metrópole–Colônia. A reforma constituiu numa peculiar mistura do velho e do novo, explicável pelas características de Portugal. Ela combinava o absolutismo ilustrado com a tentativa de uma aplicação consequente das medidas mercantilistas” (História do Brasil, Boris Fausto, Editora Edusp). Pombal ficará conhecido como déspota esclarecido, pois, baseado em alguns conceitos do Iluminismo, tentou reformar o Estado português, adotando algumas medidas, como: eliminar a influência inglesa na economia portuguesa; fomentar o desenvolvimento econômico; racionalizar a administração estatal; expulsar os jesuítas de Portugal em 1759. As reformas pombalinas para o Brasil causaram grande desagravo por parte dos colonos, pois o Brasil, na visão de Pombal, deveria converter-se na principal fonte de arrecadação para o desenvolvimento da economia portuguesa. Entre os principais episódios destacamos: a administração pombalina coincide com o ciclo do ouro; introdução da derrama; criação de duas companhias de comércio visando ao desenvolvimento (Grão Pará e Maranhão; Pernambuco e Paraíba); extinção oficial das capitanias hereditárias.
