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Sagot :
Caro Gabriel,
A agricultura é fonte de vida, mas basearmos a economia de um país apenas na agricultura é uma péssima ideia. Isso ocorre em razão de que a mesma matéria-prima em um produto vale mais que a original. Assim, a venda de matérias-primas (oriundas da agropecuária e da mineração, por exemplo) está associada ao subemprego e a baixos salários, bem como uma dependência tecnológica de outros países. Isso ocorre por ser mais fácil fiscalizar o cumprimento das leis trabalhistas em fábricas (em razão de todos os trabalhadores estarem em um único lugar) do que os espalhados por áreas amplas, como no caso da agropecuária ou dos seringueiros espalhados pela Amazônia.
Além do valor maior dos produtos industrializados, eles tendem a ter uma maior validade que as matérias-primas (imagine a durabilidade de mangas e melancias quando comparadas a de aparelhos de televisão ou carros).
Assim, as cidades e regiões urbanas agregam conhecimento e tecnologia na matéria-prima rural que, na maioria das vezes, vem de regiões rurais de nações subdesenvolvidas, como no Brasil. Veja, por exemplo, o caso da Suíça e do Japão. Já ouviu falar do chocolate suíço? Agora se pergunte quantos quilos de cacau o país europeu produz... Nenhum. Ele importa todo o cacau da África e de outros países. O Japão é conhecido pela produção de carros, eletrodomésticos e robôs. Sabe de onde vem o ferro e outros minerais necessários para isso? Do Brasil...
É isso que a divisão internacional de trabalho realiza: nós vendemos matérias-primas, eles agregam valor (com melhores empregos, técnicas, salários) e nos vendem os materiais que fornecemos, convertidos em produtos, por um preço muito mais alto do que pagaram.
Assim, aos países subdesenvolvidos ocupam o papel de fornecedores de matérias-primas, haja vista que tal atividade não requer uma grande quantidade de trabalhadores altamente qualificados. Infelizmente, esses produtos tendem a sofrer oscilações bastante altas de preço, de modo que podem ser bastante rentáveis em alguns momentos, enquanto em outros não.
Os países "intermediários" são aqueles cuja atividade industrial não está marcada pelo desenvolvimento de tecnologia de ponta, nem a geração de royalties, ou mesmo de produtos inovadores. Basicamente, geram produtos padrões, com bastante competição no mercado, de modo que os valores gerados não são tão elevados quanto aos dos países desenvolvidos com tecnologia inovadora.
Já os países desenvolvidos trabalham com a criação de produtos inovadores, sem ou com pouca concorrência no mercado, de modo que os valores são bem mais elevados (pensem no preço de carros ou aviões, por exemplo). Com isso, conseguem agregar valor aos seus produtos, gerando mais empregos, desenvolvimento, educação, e tecnologia.
Obviamente, a posição de um país enquanto subdesenvolvido, intermediário ou em desenvolvimento, ou desenvolvido não depende, apenas, da vontade dos governantes. É preciso, assim, que o Brasil realize investimentos de longo prazo, educação de qualidade, bem como estímulos à criatividade e à inovação para que haja a conquista de mercado.
Desse modo, o mundo rural perdeu importância quando comparamos seu valor na época da Idade Média, pois naquela época, os feudos eram, praticamente, autônomos, raramente requerendo algo ao comércio.
A partir de então foram nas cidades que as inovações, o conhecimento, os eventos, acontecimento, comércio, trabalho, e desenvolvimento humano e econômico ocorreram, de modo que a tendência é que o campo seja cada vez mais mecanizado, com a apropriação das tecnologias desenvolvidas nos laboratórios, universidades e empresas em geral.
A agricultura é fonte de vida, mas basearmos a economia de um país apenas na agricultura é uma péssima ideia. Isso ocorre em razão de que a mesma matéria-prima em um produto vale mais que a original. Assim, a venda de matérias-primas (oriundas da agropecuária e da mineração, por exemplo) está associada ao subemprego e a baixos salários, bem como uma dependência tecnológica de outros países. Isso ocorre por ser mais fácil fiscalizar o cumprimento das leis trabalhistas em fábricas (em razão de todos os trabalhadores estarem em um único lugar) do que os espalhados por áreas amplas, como no caso da agropecuária ou dos seringueiros espalhados pela Amazônia.
Além do valor maior dos produtos industrializados, eles tendem a ter uma maior validade que as matérias-primas (imagine a durabilidade de mangas e melancias quando comparadas a de aparelhos de televisão ou carros).
Assim, as cidades e regiões urbanas agregam conhecimento e tecnologia na matéria-prima rural que, na maioria das vezes, vem de regiões rurais de nações subdesenvolvidas, como no Brasil. Veja, por exemplo, o caso da Suíça e do Japão. Já ouviu falar do chocolate suíço? Agora se pergunte quantos quilos de cacau o país europeu produz... Nenhum. Ele importa todo o cacau da África e de outros países. O Japão é conhecido pela produção de carros, eletrodomésticos e robôs. Sabe de onde vem o ferro e outros minerais necessários para isso? Do Brasil...
É isso que a divisão internacional de trabalho realiza: nós vendemos matérias-primas, eles agregam valor (com melhores empregos, técnicas, salários) e nos vendem os materiais que fornecemos, convertidos em produtos, por um preço muito mais alto do que pagaram.
Assim, aos países subdesenvolvidos ocupam o papel de fornecedores de matérias-primas, haja vista que tal atividade não requer uma grande quantidade de trabalhadores altamente qualificados. Infelizmente, esses produtos tendem a sofrer oscilações bastante altas de preço, de modo que podem ser bastante rentáveis em alguns momentos, enquanto em outros não.
Os países "intermediários" são aqueles cuja atividade industrial não está marcada pelo desenvolvimento de tecnologia de ponta, nem a geração de royalties, ou mesmo de produtos inovadores. Basicamente, geram produtos padrões, com bastante competição no mercado, de modo que os valores gerados não são tão elevados quanto aos dos países desenvolvidos com tecnologia inovadora.
Já os países desenvolvidos trabalham com a criação de produtos inovadores, sem ou com pouca concorrência no mercado, de modo que os valores são bem mais elevados (pensem no preço de carros ou aviões, por exemplo). Com isso, conseguem agregar valor aos seus produtos, gerando mais empregos, desenvolvimento, educação, e tecnologia.
Obviamente, a posição de um país enquanto subdesenvolvido, intermediário ou em desenvolvimento, ou desenvolvido não depende, apenas, da vontade dos governantes. É preciso, assim, que o Brasil realize investimentos de longo prazo, educação de qualidade, bem como estímulos à criatividade e à inovação para que haja a conquista de mercado.
Desse modo, o mundo rural perdeu importância quando comparamos seu valor na época da Idade Média, pois naquela época, os feudos eram, praticamente, autônomos, raramente requerendo algo ao comércio.
A partir de então foram nas cidades que as inovações, o conhecimento, os eventos, acontecimento, comércio, trabalho, e desenvolvimento humano e econômico ocorreram, de modo que a tendência é que o campo seja cada vez mais mecanizado, com a apropriação das tecnologias desenvolvidas nos laboratórios, universidades e empresas em geral.
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