Cara Mara,
Elementos como ventos e chuvas podem causar grandes mudanças em um rio, especialmente se as margens e as proximidades não estiverem com vegetação, razão pela qual hoje há tantas leis e instituições que defendem a mata ciliar (a que fica nas margens de rios e nascentes).
Isso acontece em razão de que, se não há árvores ou plantas para diminuir a força do impacto das gotas da chuva no chão, o solo acaba sendo levado junto com a água, criando grandes crateras (buracos). Como essa areia e terra não desaparece, ela vai para os rios, criando bancos de areia (que são quase como "ilhas" de areia no meio dos rios (dificultando a navegação), além de fazer com que o nível da água fique mais baixo, aumentando a acidez e a temperatura da água, o que pode resultar no desaparecimento de diversas espécies que não conseguem sobreviver nesse novo ambiente, bem como outras que dependem dessas espécies, tais como predadores.
De modo semelhante, o vento pode levar a areia de um lado a outro, caso não haja vegetação para diminuir sua força. Aqui em Natal, onde moro, há dunas de areia móveis, que todos os dias mudam sua forma e tamanho em razão das constantes mudanças causadas pelo vento. Há, ainda, o Parque da Dunas, uma área com floresta atlântica que, se fosse retirada, faria a areia cobrir a minha cidade, como já ocorreu com outros municípios.
Portanto, é essencial preservarmos a mata ciliar e a cobertura vegetal para evitarmos a erosão, a desertificação, e o assoreamento dos rios.
