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Sagot :
Caro Márcio,
Para melhorar o crescimento econômico do Brasil é preciso que nossos governantes e empresas, bem como sociedade como um todo, resolvam os seguintes desafios:
a) Melhorar a infraestrutura do país: ao contrário de outros países que utilizam o sistema de trens e portos, o Brasil segue com o uso de rodovias como principal via para levar a produção do campo para as cidades e para o exterior. Infelizmente, isso encarece o preço final, há desperdício na estrada, sem falar dos acidentes comuns. Para completar a situação, os portos são pequenos para atender tanta demanda e os caminhões precisando esperar muitos dias para descarregar;
b) Há uma apagão em termos de mão-de-obra qualificada. Enquanto na Coreia do Sul a média de anos de estudo entre a população adulta é de 18 anos, no Brasil é nove. Desse modo, há muitas vagas sem preenchimento e o salário das pessoas com as habilidades requeridas é alto, encarecendo a produção, aumentando o que se chama de "custo Brasil";
c) Garantir a eficiência energética e a distribuição adequada de energia, de modo a evitar os apagões;
d) Melhorar a velocidade da internet e aumentar a distribuição da internet para todas as regiões do país, afinal, hoje a rede mundial de computadores é essencial para várias atividades importantes da vida humana, dentre elas o acesso ao conhecimento;
e) Aumentar a internacionalização das universidades, com o crescimento do número de pessoas de outros países estudando e trabalhando nelas, pois a ciência é mundial e o inglês precisa ser tido como prioridade para que nossos cientistas possam realizar pesquisa de qualidade;
Outro problema é que a participação da exportação de matérias-primas na balança comercial brasileiro é alta. Vale pensar que o preço do ferro e metais puros é baixo, enquanto o mesmo material, na forma de produtos industrializados (rádios, computadores e outros) tem um valor bem mais alto.
Assim, a venda de matérias-primas (oriundas da agropecuária e da mineração, por exemplo) está associada ao subemprego e a baixos salários, bem como uma dependência tecnológica de outros países. Isso ocorre por ser mais fácil fiscalizar o cumprimento das leis trabalhistas em fábricas (em razão de todos os trabalhadores estarem em um único lugar) do que os espalhados por áreas amplas, como no caso da agropecuária ou dos seringueiros espalhados pela Amazônia.
Além do valor maior dos produtos industrializados, eles tendem a ter uma maior validade que as matérias-primas (imagine a durabilidade de mangas e melancias quando comparadas a de aparelhos de televisão ou carros).
Assim, países industrializados agregam conhecimento e tecnologia na matéria-prima que, na maioria das vezes, vem de nações subdesenvolvidas, como no Brasil. Veja, por exemplo, o caso da Suíça e do Japão. Já ouviu falar do chocolate suíço? Agora se pergunte quantos quilos de cacau o país europeu produz... Nenhum. Ele importa todo o cacau da África e de outros países. O Japão é conhecido pela produção de carros, eletrodomésticos e robôs. Sabe de onde vem o ferro e outros minerais necessários para isso? Do Brasil...
É isso que a divisão internacional de trabalho realiza: nós vendemos matérias-primas, eles agregam valor (com melhores empregos, técnicas, salários) e nos vendem os materiais que fornecemos, convertidos em produtos, por um preço muito mais alto do que pagaram.
Assim, aos países subdesenvolvidos ocupam o papel de fornecedores de matérias-primas, haja vista que tal atividade não requer uma grande quantidade de trabalhadores altamente qualificados. Infelizmente, esses produtos tendem a sofrer oscilações bastante altas de preço, de modo que podem ser bastante rentáveis em alguns momentos, enquanto em outros não.
Os países "intermediários" são aqueles cuja atividade industrial não está marcada pelo desenvolvimento de tecnologia de ponta, nem a geração de royalties, ou mesmo de produtos inovadores. Basicamente, geram produtos padrões, com bastante competição no mercado, de modo que os valores gerados não são tão elevados quanto aos dos países desenvolvidos com tecnologia inovadora.
Já os países desenvolvidos trabalham com a criação de produtos inovadores, sem ou com pouca concorrência no mercado, de modo que os valores são bem mais elevados (pensem no preço de carros ou aviões, por exemplo). Com isso, conseguem agregar valor aos seus produtos, gerando mais empregos, desenvolvimento, educação, e tecnologia.
Obviamente, a posição de um país enquanto subdesenvolvido, intermediário ou em desenvolvimento, ou desenvolvido não depende, apenas, da vontade dos governantes. É preciso, assim, que o Brasil realize investimentos de longo prazo, educação de qualidade, bem como estímulos à criatividade e à inovação para que haja a conquista de mercado.
Para melhorar o crescimento econômico do Brasil é preciso que nossos governantes e empresas, bem como sociedade como um todo, resolvam os seguintes desafios:
a) Melhorar a infraestrutura do país: ao contrário de outros países que utilizam o sistema de trens e portos, o Brasil segue com o uso de rodovias como principal via para levar a produção do campo para as cidades e para o exterior. Infelizmente, isso encarece o preço final, há desperdício na estrada, sem falar dos acidentes comuns. Para completar a situação, os portos são pequenos para atender tanta demanda e os caminhões precisando esperar muitos dias para descarregar;
b) Há uma apagão em termos de mão-de-obra qualificada. Enquanto na Coreia do Sul a média de anos de estudo entre a população adulta é de 18 anos, no Brasil é nove. Desse modo, há muitas vagas sem preenchimento e o salário das pessoas com as habilidades requeridas é alto, encarecendo a produção, aumentando o que se chama de "custo Brasil";
c) Garantir a eficiência energética e a distribuição adequada de energia, de modo a evitar os apagões;
d) Melhorar a velocidade da internet e aumentar a distribuição da internet para todas as regiões do país, afinal, hoje a rede mundial de computadores é essencial para várias atividades importantes da vida humana, dentre elas o acesso ao conhecimento;
e) Aumentar a internacionalização das universidades, com o crescimento do número de pessoas de outros países estudando e trabalhando nelas, pois a ciência é mundial e o inglês precisa ser tido como prioridade para que nossos cientistas possam realizar pesquisa de qualidade;
Outro problema é que a participação da exportação de matérias-primas na balança comercial brasileiro é alta. Vale pensar que o preço do ferro e metais puros é baixo, enquanto o mesmo material, na forma de produtos industrializados (rádios, computadores e outros) tem um valor bem mais alto.
Assim, a venda de matérias-primas (oriundas da agropecuária e da mineração, por exemplo) está associada ao subemprego e a baixos salários, bem como uma dependência tecnológica de outros países. Isso ocorre por ser mais fácil fiscalizar o cumprimento das leis trabalhistas em fábricas (em razão de todos os trabalhadores estarem em um único lugar) do que os espalhados por áreas amplas, como no caso da agropecuária ou dos seringueiros espalhados pela Amazônia.
Além do valor maior dos produtos industrializados, eles tendem a ter uma maior validade que as matérias-primas (imagine a durabilidade de mangas e melancias quando comparadas a de aparelhos de televisão ou carros).
Assim, países industrializados agregam conhecimento e tecnologia na matéria-prima que, na maioria das vezes, vem de nações subdesenvolvidas, como no Brasil. Veja, por exemplo, o caso da Suíça e do Japão. Já ouviu falar do chocolate suíço? Agora se pergunte quantos quilos de cacau o país europeu produz... Nenhum. Ele importa todo o cacau da África e de outros países. O Japão é conhecido pela produção de carros, eletrodomésticos e robôs. Sabe de onde vem o ferro e outros minerais necessários para isso? Do Brasil...
É isso que a divisão internacional de trabalho realiza: nós vendemos matérias-primas, eles agregam valor (com melhores empregos, técnicas, salários) e nos vendem os materiais que fornecemos, convertidos em produtos, por um preço muito mais alto do que pagaram.
Assim, aos países subdesenvolvidos ocupam o papel de fornecedores de matérias-primas, haja vista que tal atividade não requer uma grande quantidade de trabalhadores altamente qualificados. Infelizmente, esses produtos tendem a sofrer oscilações bastante altas de preço, de modo que podem ser bastante rentáveis em alguns momentos, enquanto em outros não.
Os países "intermediários" são aqueles cuja atividade industrial não está marcada pelo desenvolvimento de tecnologia de ponta, nem a geração de royalties, ou mesmo de produtos inovadores. Basicamente, geram produtos padrões, com bastante competição no mercado, de modo que os valores gerados não são tão elevados quanto aos dos países desenvolvidos com tecnologia inovadora.
Já os países desenvolvidos trabalham com a criação de produtos inovadores, sem ou com pouca concorrência no mercado, de modo que os valores são bem mais elevados (pensem no preço de carros ou aviões, por exemplo). Com isso, conseguem agregar valor aos seus produtos, gerando mais empregos, desenvolvimento, educação, e tecnologia.
Obviamente, a posição de um país enquanto subdesenvolvido, intermediário ou em desenvolvimento, ou desenvolvido não depende, apenas, da vontade dos governantes. É preciso, assim, que o Brasil realize investimentos de longo prazo, educação de qualidade, bem como estímulos à criatividade e à inovação para que haja a conquista de mercado.
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