O reino franco, propriamente, foi governado por duas dinastias:
- os Merovíngios, a dinastia fundadora do reino, a partir da ascensão de seu primeiro rei, Clóvis, em 486. Nessa época, o Império romano tinha se dissolvido e a parte ocidental tinha sido ocupada por reinos bárbaros.
Clovis (ou Clothovis) era o rei franco de Soissons, na região do Mosa (a base política dos guerreiros francos, até então pagãos), quando se impôs a oeste contra Afrânio Siágrio, um oficial romano que tinha criado seu próprio reino na atual Normandia. Dessa forma, além de ampliar o território, Clóvis se impôs sobre as demais tribos francas e converteu-se ao cristianismo católico (tradicionalmente em 496).
- os Carolíngios, que receberam a coroa real em 751, quando o último rei merovíngio, Childerico III, foi deposto e em seu lugar coroado o pretendente carolíngio, Pepino, chamado, "o breve".
Os ancestrais de Pepino tinham aumentando o seu poder na qualidade de "maire du palais", governantes locais que se aproveitavam das lutas entre os merovíngios, geralmente reis muito fraco e jovens. Em 732, foi um carolíngio, Carlos (chamado "o martelo"), que derrotou os árabes - e assim salvou o reino e deu nome à dinastia.
Como sabemos, o estado franco não foi limitado à França. Na realidade, ele é origem também da Alemanha (Germânia) e uma parte intermediária que deu origem, no norte, à Borgonha, e, no sul, à Itália.
Na França, os carolíngios começaram a ser afastados do poder em 897 (deposição de Carlos, o gordo), e cairam definitivamente um século depois, sucedidos pelos Capetos, que estão na origem de todas as dinastias francesas (Valois, Bourbon, Orleans).
Na Alemanha, o último rei carolíngio morreu em 911.
Foram então sucedidos pela casa da Francônia, e depois pela da Saxônia (ambas tinham francos como ancestrais).
Na Itália, os carolíngios governaram até 896, e o reino foi disputado por diversas famílias até ser anexado pela Alemanha em 962.
Na Borgonha, os carolíngios reinaram até 869.
