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O que move as entidades médicasUma
leitura cuidadosa dos principais jornais brasileiros de circulação
nacional mostra que há uma tendência da imprensa a desqualificar o
programa Mais Médicos, pelo qual o governo federal procura suprir a
falta de profissionais de saúde em bairros periféricos das grandes
cidades e nos municípios distantes dos grandes centros. De
modo geral, o noticiário abre com informações aparentemente
equidistantes da polêmica central sobre o assunto, mas a hierarquia das
notícias e as escolhas das análises priorizam opiniões contrárias à
iniciativa do governo. 
Nas edições de sexta-feira (23/8), a exceção é a Folha de S. Paulo, que dá espaço para um artigo esclarecedor sobre a questão. No Estado de S. Paulo,
o principal destaque vai para dados factuais, como o número de cidades
paulistas que vão receber médicos selecionados na primeira fase do
programa. Nesse texto está inserida a defesa do projeto, sem um destaque
especial. As opiniões contrárias estão separadas em dois outros textos,
um deles informando que as entidades representativas dos médicos
brasileiros e partidos de oposição vão recorrer ao Ministério Público do
Trabalho para impedir que se consolide a contratação de
estrangeiros.Abaixo da reportagem principal também é publicado o
resultado de uma pesquisa que supostamente mostra que o programa Mais
Médicos é rejeitado pela maioria da população. No entanto, esse texto
peca pela falta de precisão e acuidade. Por exemplo, não informa de quem
é a iniciativa da consulta, feita por um tal Instituto de Ciência,
Tecnologia e Qualidade Industrial (ICTQ). Também omite que o ICTQ é uma
empresa de educação continuada que é apoiada pela indústria
farmacêutica, oferecendo cursos para profissionais do setor.
 
A
“pesquisa” é referendada por um dirigente do Conselho Federal de
Medicina, que usa as informações para reforçar a campanha da entidade
contra o programa do governo. Trata-se, portanto, de uma daquelas
artimanhas do jornalismo segundo a qual um suposto dado objetivo, como o
resultado de uma pesquisa, é apresentado como fato comprovador de uma
opinião preexistente, omitindo-se do leitor o contexto que lhe
permitiria relativizar a informação - no caso, o interesse específico da
indústria farmacêutica. 
A serviço das farmacêuticas O Globo nem
mesmo se dá ao trabalho de dissimular sua posição: abre a página
explorando contradições entre integrantes do governo sobre o salário que
os médicos cubanos irão efetivamente receber. No quadro em que o jornal
costuma emitir sua opinião, fica claro que seus editores se alinham com
o viés mais reacionário das entidades médicas: o texto afirma que “como
existe um eixo Havana-Brasília, assentado em simpatias ideológicas, é
preciso atenção redobrada na qualidade da prestação de serviço dos
companheiros cubanos”.
 
Assim,
em linguagem quase chula, o jornal carioca apoia a ideia de que os
médicos cubanos estão sendo trazidos para fazer “pregação comunista”,
como entende o presidente do Conselho Federal de Medicina. 
A Folha de S. Paulo se
destaca por abrir um pouco mais o leque de alternativas do leitor,
informando na reportagem principal que o Ministério Público do Trabalho
vai investigar as condições da contratação de médicos cubanos. Em outra
página, também com destaque, publica a posição do governo brasileiro,
manifestada pelo secretário nacional de Vigilância Sanitária e pelo
ministro das Relações Exteriores.

Tomando o texto por base o texto acima, responda as questões seguintes: 
 

 

 
A
- Comente a diferença entre o modo como os jornais Estado de S. Paulo, O
Globo e Folha de S. Paulo noticiam o programa Mais Médicos.

B
- De acordo com a análise feita pelo Observatório da Imprensa, a
serviço de quem estariam as entidades que se opõem ao programa Mais
Médicos? Justifique sua resposta.


Sagot :

Resposta:A- Em relação à chegada de médicos cubanos do programa Mais Médicos, o Jornal Estado de S. Paulo trata o assunto com o texto pequeno, mais direto e sem nenhuma citação. O Globo, ao contrário, apresenta fotos da chegada, com diálogos das entrevistas e um texto bem maior. Enquanto a Folha de S. Paulo posta abordagens sobre o assunto em uma coluna humorística por José Simão.

Resposta:B- As entidades representativas de médicos brasileiros e partidos de oposição. Porque eles apoiam as ideias de que os médicos que vieram de Cuba, foram só para fazer "pregação comunista".