A partir de 1940, o poder de Getúlio Vargas foi consolidado por um verdadeiro culto à personalidade e pela construção de imagens idealizadas a seu respeito, como a de “pai dos pobres”. Pela primeira vez, nesse ano, desfiles, manifestações e programas de rádio se encarregavam de comemorar seu aniversário em 19 de abril, enaltecendo suas qualidades pessoais de “coragem, magnanimidade e singeleza”. Centenas de obras apologéticas encomendadas pelo DIP, como Sorriso do Presidente Vargas, Getúlio Vargas e sua vida, passaram a ser distribuídas nas escolas primárias. Sua fotografia oficial, de casaco e meio sorriso passou a ser distribuída não só a todas as repartições públicas, mas a todos os colégios, clubes esportivos, estações ferroviárias, bancos, casas comerciais, invadindo o cotidiano do brasileiro.
(Tânia Regina de Luca. Indústria e trabalho na História do Brasil. São Paulo: Contexto, 2001. p. 60)
A autora expressa seu ponto de vista sobre o governo de Getúlio Vargas. Uma análise do texto permite concluir que a autora
(A) defende o governo quando reconhece que Vargas se preocupava com a qualidade dos serviços públicos e da educação. ]
(B) critica o governo por utilizar mecanismos de propaganda oficial para forjar a popularidade do presidente.
(C) enaltece a figura do presidente por considerá-lo um nacionalista fervoroso na defesa dos símbolos da nação.
(D) reconhece que o presidente realizou grandes obras de interesse econômico, social e cultural para a população.
(E) censura o presidente por ele não ter realizado mudanças econômicas que beneficiassem o povo pobre.