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Sagot :
Kant entendeu que sua teoria de como conhecemos as coisas representava uma revolução análoga à que, na astronomia, tinha representado a revolução de Copérnico. Para Ptolomeu, as estrelas giravam em torno da Terra. Copérnico, ao contrário, parte da hipótese de que é o movimento do espectador na Terra que produz a aparência do movimento nas estrelas. Enquanto a atividade em Ptolomeu está nos astros, em Copérnico está no próprio espectador. Do mesmo modo, a maneira como devemos entender a relação cognitiva entre sujeito e objeto, diz Kant, deve ser invertida: não é o sujeito que, imóvel, no centro do universo, vê passivamente os movimentos das estrelas. Não; é a atividade perceptiva e conceitual no sujeito que determina como as coisas sejam vistas e pensadas. Sobre esta sua revolução copernicana na teoria do conhecimento Kant fala no Prefácio à Segunda Edição da Crítica da Razão Pura. Vejamos como o próprio Kant descreve a relação entre sua teoria do conhecimento e a teoria copernicana: "Até agora se supôs que todo o nosso conhecimento deveria regular-se pelos objetos..." Ele propõe que se faça o contrário, que se admita "que os objetos devam regular-se pelo nosso conhecimento". Assim, se nossa percepção se regulasse pelos objetos, não veríamos um cubo nesta página e sim um objeto bidimensional. Mas como são os objetos que se regulam pela nossa percepção, o desenho nesta página é transformado, pela nossa própria atividade sensorial, num cubo, isto é, num objeto tridimensional. Agora vejamos o que Kant diz sobre Copérnico imediatamente depois do trecho citado: "O mesmo aconteceu com os primeiros pensamentos de Copérnico, que, depois de não ter conseguido ir adiante com a explicação dos movimentos celestes ao admitir que todo corpo de astros girava em torno do espectador, tentou ver se não seria melhor deixar que o espectador se movesse em torno dos astros imóveis. Na Metafísica, pode-se, então tentar o mesmo no que diz respeito à intuição dos objetos" (Grifos meus) Então, não pode caber a menor dúvida: para Kant é o sujeito que conhece que devemos pôr a girar em torno dos objetos imóveis, assim como Copérnico pôs o espectador a girar em torno dos astros imóveis.
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