A Península Balcânica era o "barril de pólvora" da Europa tanto pelas disputas políticas internas, motivadas pelo Nacionalismo, quanto pela intromissão das potências internacionais.
No aspecto interno, países como a Bósnia, a Sérvia e a Bulgária desejavam a sua independência das potências estrangeiras que, até a primeira metade do século XIX, as dominavam, de modo que movimentos "separatistas" - em verdade, nacionalistas - ameaçavam a integridade territorial, por exemplo, do Império Austro-Húngaro e do Império Otomano.
Na política internacional, a disputa das grandes potências pela influência local, em especial entre o Império Russo, que se proclamava como defensor dos povos eslavos, e o Império Austro-Húngaro, que ocupava territórios sob a área de influência "legítima" dos russos, frequentemente entravam em disputas diplomáticas que ameaçavam se tornar militares: isto, de fato, ocorreu em 1914, quando nacionalistas bósnio-sérvios assassinaram o Arquiduque Franz Ferdinand e os dois impérios se declararam mutuamente guerra, dando início à Primeira Grande Guerra.
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