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Sagot :
A Greve Geral
de 1917
Há 90 anos aconteceu um dos mais importantes fatos para os trabalhadores
brasileiros, a Greve Geral de 1917. O movimento operário mostrou como suas
organizações (Sindicatos e Federações) podiam lutar e defender seus
direitos de forma descentralizada e livre, mas de forte impacto na
sociedade. Esta greve mostrou não só a capacidade de organização dos
trabalhadores, mas também que uma greve geral era possível.
Os Congressos da COB (1913) e da FOSP (1915), já indicavam a necessidade
de união de todos os trabalhadores para lutar contra os patrões. Varias
resoluções mostram que o caminho dos trabalhadores era de união e de luta
direta por seus direitos, como greves e sabotagens . Com esses
indicativos, a imprensa operária se tornou a alavanca de informação e
formação dos trabalhadores, a cada ano, com o agravamento das condições de
trabalho, filiam-se aos sindicatos revolucionários, que visavam profundas
mudanças na sociedade.
Com o início da I Guerra Mundial, houve na Europa, a fragmentação do
movimento operário devido a os caminhos nacionalistas tomados por parte do
movimento, alimentando a guerra fratricida. No Brasil, os operários
formaram Comitês de Luta Contra a Guerra. Com o agravamento do conflito na
Europa, as condições de vida no Brasil, principalmente para os
trabalhadores ficaram piores, com falta de alimentos, roupas e habitação.
Com isso, e os constantes reajustes de preços, fizeram disparar a
carestia. O movimento operário formou Comitês de Agitação Contra a
Carestia da Vida, fomentando reivindicações e organizando e esclarecendo
os trabalhadores a respeito da situação.
A agitação se acirrou no 1° Maio de 1917 com fortes manifestações contra a
carestia e pela redução da jornada de trabalho (neste período era comum
jornadas diárias de 14, 16 horas). Em junho os funcionários do Cotonifício
CRESPI entram em greve por melhores salários e outras reivindicações. A
intransigência patronal leva a uma greve de solidariedade crescente. No
começo de julho as agitações operárias aumentam e culminam em confrontos
com a polícia, onde foi morto o operário-sapateiro José A. I. Martinez,
deflagrando uma onda de protestos e greves que param a cidade de São Paulo
levando a greve a outras cidades do estado (Campinas, Santos, etc.). Cada
categoria, cada trabalhador solidariamente paralisa suas atividades em uma
onda espontânea e organizada em torno de reajustes salariais, redução da
jornada de trabalho entre outras. Foi criado o Comitê de Defesa
Proletária, que organizou as ações dos grevistas. Do lado do governo, foi
decretado toque de recolher e proibida qualquer reunião pública, levando a
grandes conflitos, com muitos feridos e mortos. Ao final de uma semana, a
força grevista, isto é, os trabalhadores conseguem que suas reivindicações
sejam aceitas. Essas foram as bases dos direitos trabalhistas depois
colocados na CLT, para parecerem dádivas do ditador Getúlio Vargas.
Devemos ter mente estes relatos, porque 90 anos passados, temos as mesmas
situações de miséria de nossa classe. Isso aconteceu por que deixamos que
eles transformassem nossas organizações em aparelhos de Estado. Lembremos
os exemplos dos guerreiros de 1917 retomando nossa organização autônoma
frente ao Estado e aos partidos. E a exemplo deles, devemos nos unir e
lutar por nossas necessidades imediatas, mas também para acabar com a
sociedade de opressão e exploração, para construir uma nova de igualdade,
liberdade e dignidade para todos.
Há 90 anos aconteceu um dos mais importantes fatos para os trabalhadores
brasileiros, a Greve Geral de 1917. O movimento operário mostrou como suas
organizações (Sindicatos e Federações) podiam lutar e defender seus
direitos de forma descentralizada e livre, mas de forte impacto na
sociedade. Esta greve mostrou não só a capacidade de organização dos
trabalhadores, mas também que uma greve geral era possível.
Os Congressos da COB (1913) e da FOSP (1915), já indicavam a necessidade
de união de todos os trabalhadores para lutar contra os patrões. Varias
resoluções mostram que o caminho dos trabalhadores era de união e de luta
direta por seus direitos, como greves e sabotagens . Com esses
indicativos, a imprensa operária se tornou a alavanca de informação e
formação dos trabalhadores, a cada ano, com o agravamento das condições de
trabalho, filiam-se aos sindicatos revolucionários, que visavam profundas
mudanças na sociedade.
Com o início da I Guerra Mundial, houve na Europa, a fragmentação do
movimento operário devido a os caminhos nacionalistas tomados por parte do
movimento, alimentando a guerra fratricida. No Brasil, os operários
formaram Comitês de Luta Contra a Guerra. Com o agravamento do conflito na
Europa, as condições de vida no Brasil, principalmente para os
trabalhadores ficaram piores, com falta de alimentos, roupas e habitação.
Com isso, e os constantes reajustes de preços, fizeram disparar a
carestia. O movimento operário formou Comitês de Agitação Contra a
Carestia da Vida, fomentando reivindicações e organizando e esclarecendo
os trabalhadores a respeito da situação.
A agitação se acirrou no 1° Maio de 1917 com fortes manifestações contra a
carestia e pela redução da jornada de trabalho (neste período era comum
jornadas diárias de 14, 16 horas). Em junho os funcionários do Cotonifício
CRESPI entram em greve por melhores salários e outras reivindicações. A
intransigência patronal leva a uma greve de solidariedade crescente. No
começo de julho as agitações operárias aumentam e culminam em confrontos
com a polícia, onde foi morto o operário-sapateiro José A. I. Martinez,
deflagrando uma onda de protestos e greves que param a cidade de São Paulo
levando a greve a outras cidades do estado (Campinas, Santos, etc.). Cada
categoria, cada trabalhador solidariamente paralisa suas atividades em uma
onda espontânea e organizada em torno de reajustes salariais, redução da
jornada de trabalho entre outras. Foi criado o Comitê de Defesa
Proletária, que organizou as ações dos grevistas. Do lado do governo, foi
decretado toque de recolher e proibida qualquer reunião pública, levando a
grandes conflitos, com muitos feridos e mortos. Ao final de uma semana, a
força grevista, isto é, os trabalhadores conseguem que suas reivindicações
sejam aceitas. Essas foram as bases dos direitos trabalhistas depois
colocados na CLT, para parecerem dádivas do ditador Getúlio Vargas.
Devemos ter mente estes relatos, porque 90 anos passados, temos as mesmas
situações de miséria de nossa classe. Isso aconteceu por que deixamos que
eles transformassem nossas organizações em aparelhos de Estado. Lembremos
os exemplos dos guerreiros de 1917 retomando nossa organização autônoma
frente ao Estado e aos partidos. E a exemplo deles, devemos nos unir e
lutar por nossas necessidades imediatas, mas também para acabar com a
sociedade de opressão e exploração, para construir uma nova de igualdade,
liberdade e dignidade para todos.
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