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De acordo com senso comum, radical significa brusco, violento ou inflexível, extremado. Explique por que não é esse o sentido que se atribui à filosofia quando a conscideramos a reflexão radical.

Sagot :

A filosofia é uma reflexão radical pois é atividade que nos leva a questionar as bases da nossa própria existência,  questionar tudo o que pensamos saber. O primeiro passo do filósofo é questionar e é aí que reside o termo radical que classifica a atividade filosófica. Será que existe um ser com as características de um Deus teísta? A mente e o corpo são o mesmo? Existe a alma? Somos verdadeiramente livres de escolher "A"? Será que poderíamos ter escolhido outra coisa que não "A"? Somos livres de agir ou tudo o que fazemos é um resultado inevitável de uma série causal? Como devemos agir inseridos no mundo constituindo por tantos elementos? Terá o ser humano um papel único na esfera de consideração ética? A beleza é subjetiva? O aborto é eticamente aceitável? E o suicídio? E a eutanásia?
Vivemos verdadeiramente na Terra e neste Universo, ou somos meros cérebros numa cuba? O Mundo como o conhecemos existe ou estamos numa espécie de Matrix?
Estas são algumas perguntas que ocupam a mente dos filósofos há alguns anos, algumas reformuladas para uma versão mais atual (e do meu ponto de vista, mais interessante). Há muitas mais e quanto mais respostas temos mais dúvidas surgem, pelo que a filosofia não pode ser inflexível ao ponto de admitir algo como verdade universal, pois aquilo que hoje damos como certo amanhã pode não o ser porque afinal nunca esteve certo. Assim, respondendo à pergunta, a filosofia não é radical por ser inflexível ou extrema nas posições que defende, mas sim porque nos faz questionar aquilo que até hoje pensávamos saber, e afinal não sabemos (e quem sabe se algum dia iremos saber...).