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Sagot :
O “Eu-Lírico” ou
“Eu-Poético”
Falávamos,
no “encontro anterior”, sobre a importância da interpretação de um texto
literário.
Vamos,
agora, decorrer sobre o “eu-lírico” na obra
literária.
A
palavra lírico origina-se de lira, instrumento musical muito utilizado pelos
gregos a partir do século XII a.C. Chamava-se lírica a canção que se entoava
ao som da lira. Havia, portanto, entre o som e a palavra uma junção, que
perdurou até o século XV, quando os poemas se distanciaram da música e
passaram a ser lidos ou declamados.
Podemos
dizer que o eu-lírico é a voz que fala no poema e
nem sempre corresponde à do autor.
Observemos
o lirismo dos textos abaixo, onde o eu-lírico exprime
suas emoções em face do mundo exterior:
“Ando
em desejo na tarde que arde!
Oh, como é belo dentro de mim
Teu corpo de ouro no fim da tarde:
Teu corpo que arde dentro de mim
Que ardo contigo no fim da tarde”
(Manuel Bandeira) “Mergulho em realidades transcendentes,
e sinto-me onipresente
em cada um dos seus recônditos...
Não preciso olhar para ver,
não preciso escutar para ouvir,
não preciso do toque para sentir...
não preciso respirar para viver
posso apenas ser...” (J. B. Xavier ) Nem sempre o poeta põe o eu-lírico “a seu serviço”. Às vezes, o eu-lírico é que se utiliza do poeta, por assim dizer, para dar o seu recado. Observa-se isso, quando lemos poemas, cujo eu-lírico aparece na forma feminina: E tantas águas rolaram
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você
Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer
Bem mais e melhor que você
Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer”.
(Chico Buarque de Holanda) Como me preparei para esta hora!
Me fiz ardente, solta, louca e quente,
no entanto fico fusca e, de repente,
não ouso te pedir o que bem quero
e...
nem te olho. Queria te pedir: me faz mulher agora,
penetra no meu corpo ,
me livra deste peso!
Faz logo tua, a carne que é tua
Eu trouxe de outras terras este desejo
Sonhei em abandonar-me toda a noite. (Fernando Tanajura Menezes) No poema “Vozes d’África” de Castro Alves, o eu-lírico é a África, que se queixa a Deus pela desventura de ver seus filhos arrebatados do solo pátrio para serem escravizados, e lançados ao desamparo: "Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus,
Se é mentira ou se é verdade,
Tanto horror perante os céus?"
Oh, como é belo dentro de mim
Teu corpo de ouro no fim da tarde:
Teu corpo que arde dentro de mim
Que ardo contigo no fim da tarde”
(Manuel Bandeira) “Mergulho em realidades transcendentes,
e sinto-me onipresente
em cada um dos seus recônditos...
Não preciso olhar para ver,
não preciso escutar para ouvir,
não preciso do toque para sentir...
não preciso respirar para viver
posso apenas ser...” (J. B. Xavier ) Nem sempre o poeta põe o eu-lírico “a seu serviço”. Às vezes, o eu-lírico é que se utiliza do poeta, por assim dizer, para dar o seu recado. Observa-se isso, quando lemos poemas, cujo eu-lírico aparece na forma feminina: E tantas águas rolaram
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você
Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer
Bem mais e melhor que você
Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer”.
(Chico Buarque de Holanda) Como me preparei para esta hora!
Me fiz ardente, solta, louca e quente,
no entanto fico fusca e, de repente,
não ouso te pedir o que bem quero
e...
nem te olho. Queria te pedir: me faz mulher agora,
penetra no meu corpo ,
me livra deste peso!
Faz logo tua, a carne que é tua
Eu trouxe de outras terras este desejo
Sonhei em abandonar-me toda a noite. (Fernando Tanajura Menezes) No poema “Vozes d’África” de Castro Alves, o eu-lírico é a África, que se queixa a Deus pela desventura de ver seus filhos arrebatados do solo pátrio para serem escravizados, e lançados ao desamparo: "Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus,
Se é mentira ou se é verdade,
Tanto horror perante os céus?"
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